Jair Bolsonaro é oficializado candidato à reeleição no Brasil
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi oficializado este domingo como candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL) em um evento no Rio de Janeiro.
Acompanhado por sua esposa, Michelle, Bolsonaro discursou para os milhares de apoiadores que lotaram o ginásio do Maracanãzinho trajados majoritariamente de verde e amarelo (as cores da bandeira nacional) e fez críticas duras a seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Sobre sua administração, iniciada em janeiro de 2019, Bolsonaro destacou o papel do setor agrícola na economia brasileira e disse que seu governo buscou um acordo com a Rússia para que não faltassem fertilizantes na agricultura brasileira.
Afirmou também ter entregado mais de 300 mil títulos de terra a trabalhadores do campo e ressaltou a recuperação de estradas e a abertura de novas ferrovias e o investimento para trazer a tecnologia 5G para o Brasil, além de prometer respeitar a Constituição e garantir a liberdade de imprensa.
Bolsonaro anunciou ainda que seu companheiro de chapa será o general Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil durante o atual governo, substituindo o atual vice-presidente, general Hamilton Mourão.
Pouco antes de terminar seu discurso de uma hora e nove minutos, Bolsonaro convocou os apoiadores para protestarem "pela última vez" no próximo 7 de setembro, feriado em que se comemora a Independência do Brasil.
"Nós somos maioria, nós somos do bem, nós temos liberdade para lutar pela nossa pátria. Convoco todos vocês agora, para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez", disse.
Bolsonaro aparece em segundo lugar em todas as pesquisas eleitorais, superado pelo ex-presidente Lula, que teve sua candidatura oficializada pela federação partidária "Brasil da Esperança", formada pelo seu Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil e o Partido Verde na última quinta-feira, em um evento em São Paulo, junto com a do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), como vice-presidente.
A primeira candidatura a ser oficializada foi a do ex-ministro Ciro Gomes, do Partido Democrata Trabalhista (PDT), que aconteceu na quarta-feira passada em um ato em Brasília que marcou o início das convenções dos partidos.
Na sexta-feira, 23 de julho, foi a vez do partido Avante oficializar André Janones como seu candidato à presidência. Os demais partidos têm até 5 de agosto para homologar seus candidatos às eleições de 2 de outubro.
Depois de homologar seus candidatos, os partidos têm prazo até 15 de agosto para registrar as candidaturas perante a Justiça Eleitoral. A inscrição de candidatos a presidente e vice-presidente deve ser feita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os candidatos a governador, senador, deputados federais e estaduais devem solicitar seus registros nos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE).
A partir de 16 de agosto, os candidatos poderão fazer propaganda na internet e nas ruas. Até 1º de outubro, véspera do primeiro turno, poderão organizar comícios, caravanas, distribuir material de campanha e contratar publicidade paga nos meios de comunicação.
Nos casos das eleições para presidente e governadores, se o candidato não obtiver mais da metade dos votos válidos haverá um segundo turno entre os dois mais votados no primeiro, que acontecerá no dia 30 de outubro.