Comentário: Politização da epidemia destaca incompetência da governança dos EUA
Os Estados Unidos são verdadeiramente “o maior fracasso do mundo no combate à epidemia”. Segundo alguns analistas, em retrospectiva dos últimos dois anos, o processo antiepidêmico dos EUA foi sempre preso pela política e exacerbou o círculo vicioso das mazelas sociais.
Desde a eclosão da Covid-19, existem muitas divergências entre os partidos Democrata e Republicano nas grandes questões públicas, o que mergulhou a governança nacional em um atoleiro de ineficiência e incompetência. O governo norte-americano encorajou prematuramente as pessoas a abandonar as medidas de prevenção e controle da epidemia, enquanto passou sua responsabilidade para os estados, resultando na politização completa do debate antiepidêmico. As informações confusas divulgadas pelos funcionários, políticos e até agências de saúde corroeram a confiança do público.
Além disso, a discriminação racial enraizada e outros problemas sociais nos EUA também estão se agravando. Um estudo mostra que a epidemia do novo coronavírus reduziu a expectativa média de vida dos americanos em 1,13 ano, sendo a maior queda desde a Segunda Guerra Mundial. Entre eles, a expectativa de afro-americanos e latino-americanos caiu respectivamente 2,1 e 3,05 anos. Segundo os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), entre as crianças que perderam seus tutores principais durante a pandemia, 35% são brancas e 65% são de minorias, mas o grupo do minoritário representa apenas 39% da população dos EUA.
De acordo com um relatório compilado pela Campanha dos Pobres e pelos economistas da ONU, a taxa de mortalidade na pandemia em distritos pobres dos EUA é quase o dobro das zonas ricas. Nas 300 localidades com as maiores taxas de mortalidade, uma média de 45% das pessoas vive abaixo da linha da pobreza.
Tradução: Zhao Yan
Revisão: Diego Goulart