EUA devem refletir sobre comportamento desonroso na crise alimentar global
A administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), Samantha Power, afirmou nessa segunda-feira (18) que a China é parcialmente culpada pela fome na África Oriental, por ter imposto restrições às exportações de fertilizantes e grãos.
Na coletiva de imprensa desta terça-feira (19), o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, reagiu às palavras da funcionária norte-americana dizendo que a China é um país em desenvolvimento e não tem oficialmente obrigação de ajudar o desenvolvimento dos outros países.
Zhao Lijian destacou, porém, que, como uma grande nação de responsabilidade e o segundo maior contribuinte das Nações Unidas, a China tem participado ativamente na cooperação internacional, fornecendo grande número de recursos às instituições da ONU, incluindo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O porta-voz citou que a China é o país em desenvolvimento que mais promove doações, envia especialistas e realiza projetos no quadro da cooperação Sul-Sul da FAO. Zhao Lijian também lembrou que os EUA haviam reconhecido que as sanções à Rússia geraram altos custos a vários países, tornando a escassez de alimentos uma realidade. Aliás, os Estados Unidos não devolveram os bens ao povo afegão, o que trará ameaça de fome à população do país asiático.
“Esperamos que os EUA reflitam sobre seu comportamento desonroso na crise alimentar global e não acusem nem difamem a China de forma infundada”, preveniu o porta-voz.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Patrícia Comunello