China dá um exemplo na busca de um caminho de desenvolvimento adaptado à realidade do país

Published: 2022-06-30 13:09:02
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Às vésperas do dia 1º de julho, data da fundação do Partido Comunista da China (PCCh), o primeiro presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, concedeu uma entrevista ao Grupo de Mídia da China (CMG). Ele avaliou altamente os bons resultados do desenvolvimento das relações entre São Tomé e Príncipe e a China e a "solução chinesa" para a redução da pobreza e nas lutas contra a malária e a Covid-19. Costa também elogiou as notáveis realizações do PCCh ao buscar seu próprio caminho de desenvolvimento adaptado à realidade do país e construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.


Jornalista: Os líderes da China e de São Tomé e Príncipe dão grande importância ao desenvolvimento das relações bilaterais. Como o senhor avalia os progressos das relações bilaterais entre os dois países?

Presidente: Logo nos primeiros anos de independência, em 1975, um dos primeiros países que eu visitei foi a República Popular da China. Eu fui recebido pelo então presidente, Mao Zedong, em sua casa. Ele já estava doente. Mesmo assim, ele fez questão de me receber. Qual era o significado disso? Ele queria receber um presidente de um país pequeno. A partir desse momento, com esse gesto, selamos um momento de grande intimidade entre São Tomé e Príncipe e a República Popular da China.

A cooperação da China seria uma mostra para toda a África, que era uma cooperação que ajudaria povos africanos a se desenvolver. A China queria nos mostrar que ela não fazia diferença entre país pequeno e país grande.

Jornalista: Recentemente, o Diálogo "Redução da Pobreza Juvenil", realizado na aldeia Caldeiras, recebeu muita atenção da mídia local. Este é um projeto modelo de erradicação da pobreza lançado em 2020. Como o senhor avalia este projeto?

Presidente: Este projeto é de extrema importância para nós. Temos um nível de pobreza também bastante elevado. As experiências da China mostram que se tiver um engajamento das forças políticas, a pobreza não é uma fatalidade. Podemos combater a pobreza, podemos ultrapassar a pobreza. É isso que os chineses têm ensinado para nossos jovens aqui.

Milhões das pessoas foram libertas da pobreza. Essa libertação da pobreza tem permitido a China desenvolver muito rapidamente e criar uma classe média que dá um impulso muito grande à República Popular da China. Isso quer dizer que daqui a mais alguns anos, vamos poder ter o surgimento de um mundo multipolar que nos liberta dos jogos e pressão do mundo unipolar. Isso vai permitir que países como São Tomé e Príncipe conheçam o processo de desenvolvimento mais acelerado.

A China construiu o socialismo tendo em conta a sua própria realidade. A China conseguiu combater a pobreza. Hoje, o país é considerado como segunda potência do mundo em termos de economia. Porque ele respeitou a própria realidade no seu processo de desenvolvimento. Se tivesse copiado as experiências de outros países, não daria.

A democracia é uma camisa de força, se é muito larga não serva. Tem que ser apertada para se adaptar à nossa realidade. Porque se não, ela só nos confunde. Precisamos de um país como liderança. Sem liderança, um país subdesenvolvido não vai ao lado nenhum. Passará o tempo na confusão. Nós tínhamos a luta tribal, agora temos a luta entre partidos, modernizamos as lutas. Isso não avança. A democracia tem que se adaptar às realidades de cada um. De outra forma, não funciona.

Jornalista: O ano de 2021 marca os cem anos da fundação do Partido Comunista da China. Este ano, será realizado o 20º Congresso Nacional do PCCh. Nesses anos, o Partido tem feito esforços contínuos para construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. Como o senhor vê esta ideia e os esforços da China a este respeito?

Presidente: Eu enviei uma mensagem no centenário da fundação do Partido Comunista da China. A China era um país altamente subdesenvolvido. Mas conseguiu superar muitas dificuldades, superar a miséria, construir realmente condições para que hoje o país possa falar com sua própria voz com qualquer parceiro. Hoje a China é respeitada no mundo inteiro.

Toda tentativa no sentido de boicotar a China através de sanções falhou. Porque nós precisamos um do outro para realmente termos condições de, em conjunto, fazermos que a humanidade possa ter uma vida mais aceitável, mais feliz.

A China vai ter um papel importante para unir os países todos, africanos, asiáticos mesmo europeus, para sairmos realmente desse mundo em que uns vivem muito bem, os outros, na miséria total.


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