Chancelaria chinesa: mentira dos EUA sobre Xinjiang visa excluir China da cadeia de suprimento global
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, reafirmou nesta quarta-feira (8) que a parte chinesa enfatiza reiteradamente que a suposta existência de “trabalho forçado” em Xinjiang é absolutamente a maior mentira do século.
A afirmação foi resposta às palavras da representante-chefe de Comércio do governo dos EUA, Katherine Tai, sobre “mão de obra forçada” em Xinjiang. Ela indicou que 85% da produção mundial de painéis solares depende da China e a maior parte dessa indústria está localizada na região chinesa de Xinjiang.
Recentemente, foi revelada uma declaração de dois funcionários do Consulado-Geral dos EUA em Guangzhou, provando mais uma vez que os norte-americanos criaram e espalharam deliberadamente as mentiras em termos do trabalho forçado em Xinjiang e o objetivo é excluir a China da cadeia de suprimentos global.
Zhao Lijian acrescentou que a China é o maior país do mundo em fabricação fotovoltaica e possui a maior capacidade instalada, enquanto Xinjiang constitui o principal produtor de polisilício, o material básico para a indústria fotovoltaica. Ele apontou que a mentira de Washington visa suprimir a competitividade industrial de Xinjiang por meio de manipulação política e assim transferir essa indústria para fora da China.
“Falando de trabalho forçado, os norte-americanos devem olhar a própria história e realidade,” disse o porta-voz chinês. Ele lembrou que os EUA contam com o pecado original do tráfico de escravos e continuam tendo um grave problema de tráfico de pessoas e trabalho forçado. Dados mostram que todos os anos cerca de 100 mil pessoas são traficadas para os EUA relegadas a trabalho forçado e que no país pelo menos 500 mil pessoas estão escravizadas. Até hoje, Washington ainda não ratificou a Convenção sobre o Trabalho Forçado de 1930, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres.
Em abril de 2021, o relator especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU e o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária ofereceram conjuntamente a acusação de que os EUA coagiram trabalhadores de outros países para fazer trabalhos forçados através de ameaças e sanções, violando os direitos e interesses legítimos dessas pessoas e desobedecendo o espírito do humanitarismo e o direito internacional.
O diplomata chinês ressaltou que, como nuvens escuras não podem bloquear o Sol, os Estados Unidos não conseguem difamar a indústria fotovoltaica de Xinjiang. “O comportamento da Casa Branca apenas prejudica o funcionamento normal da cadeia de suprimentos e danifica os esforços globais no combate às mudanças climáticas, o que acabará por minar seus próprios interesses,” reforçou Zhao Lijian. Salienta que a China tomará medidas necessárias para defender os direitos e interesses legítimos das empresas como sempre.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Gabriel Fragoso