Ficamos, no último programa, a conhecer a verdadeira loucura que se criou à volta de Jeremy Lin, o jogador de basquetebol que se encontra no centro da Linsanity. É provável, no entanto, que muita gente não conheça bem este menino americano de ascendência asiática. No programa de hoje, vamos descobrir a história de vida desse jogador.
Todo mundo sabe que Lin é um cristão devoto e estudante de economia da Universidade Harvard, uma das melhores universidades do mundo. O que muitos não conhecerão é o percurso de Lin até alcançar a enorme fama atual, um caminho que nem sempre foi fácil.
Nascido a 23 de agosto de 1988, em Los Angeles, Califórnia, Lin é um americano de origem chinesa e o irmão do meio de uma família com três filhos. Seus pais imigraram para os Estados Unidos na década de 70 do século passado e aí cursaram engenharia informática. Quando estava no colégio, o Palo Alto High School, na cidade de Palo Alto na Califórnia, Lin chefiou o time de basquete e ganhou o campeonato escolar do estado da Califórnia.
Chegada a hora de decidir em que universidade continuaria os seus estudos, Lin estava decidido a perseguir seu sonho de continuar jogando basquetebol. O jovem jogador enviou a sua candidatura (acompanhada por filmagens de seus melhores momentos em campo) para as universidades da Ivy League, incluindo a Universidade de Harvard, Yale e Brown, e ainda a universidade de Stanford e a UCLA (Universidade da Califórnia). Essa sua tentativa não foi bem-sucedida e, no final, apenas Harvard e Brown (universidades sem grande tradição de sucesso no basquete) ofereceram a Lin um lugar nas suas equipas.
Lin acabou optando pela Universidade de Harvard, onde se destacou. Na sua segunda temporada na universidade (2007-2008), Lin ganhou em média 12,6 pontos por jogo e foi nomeado para o segundo time da Ivy League. Na temporada seguinte (2008-2009), Lin foi unanimemente escolhido para o primeiro time da Ivy League, além de ser entre os jogadores desse grupo o único classificado entre os dez primeiros atletas da Associação Atlética Universitária Nacional (NCAA, na sigla em inglês), uma honra que tem em conta os pontos marcados, rebotes, assistências, roubos de bola, bloqueios, percentual de acerto, percentual de tiros de pena e percentagem do arremesso de três pontos.
No seu último ano como estudante universitário (2009-2010), Lin marcou uma média de 16,4 pontos por partida, além de ter registrado 4,4 rebotes, 4,5 assistências, 1,1 bloqueios e roubado 2,4 bolas. Esta prestação em campo valeu-lhe ser novamente nomeado para o primeiro time da Ivy League. No mesmo ano, a equipe de basquete de Harvard criou numerosos recordes na história da universidade, incluindo 21 vitórias numa única temporada, 11 vitórias em casa e 10 vitórias como visitante. Jeremy Lin terminou sua carreira universitária como o primeiro jogador da Ivy League a marcar pelo menos 1.450 pontos (1.483), 450 rebotes (487), 400 assistências (406) e 200 roubos de bola (225). Ele se formou em 2010 com diploma em economia e um grau-ponto médio de 3,1.
Lin decidiu participar no draft da NBA, o processo de seleção onde os jogadores se podem fazer notar pelas equipes da liga. Apesar do talento demonstrado em Harvard, o jogador de 1,91m e 90kg não foi escolhido por nenhuma equipe da NBA ao terminar a universidade. O primeiro contato com a Liga veio no verão de 2010, quando participou, dos treinos dos Dallas Mavericks, na Liga de verão, uma liga onde participam os jogadores que entraram para a NBA há menos de três anos e para os novos jogadores. Apenas então Lin conseguiu chamar a atenção dos profissionais do setor e as equipas Mavericks e Los Angeles Lakers lhe ofereceram um lugar em seus plantéis. O jogador preferiu, no entanto, assinar com o time Golden State Warriors, equipe de sua cidade natal. O resto, como se diz, é história!
Confrontado com o fenômeno "Linsanity", Lin responde:
"Eu realmente quero dizer que nosso time joga com empenho e joga muito bem. Isto é uma grande vitória de todos. Agradeço a todos os torcedores. A sua presença e apoio nos enche de energia e nós não temos outra opção a não ser satisfazer a torcida e garantir a vitória."