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Diálogo on-line com o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, e o pesquisador do Centro de Pesquisa dos Assuntos Internacionais, o redator sênior da Agência de Notícias Xinhua, Chen Jiaying
  2009-05-15 10:18:33  cri

Zhu: Senhor Chen, quais eventos são marcantes neste processo que o embaixador mencionou, quanto às relações bilaterais da China?

Chen: Bom, eu queria dizer primeiramente, que para mim, é uma imensa alegria estar aqui e poder conversar com os internautas lusófonos, ao lado do senhor embaixador, a poucos dias da visita do presidente Luis Inácio Lula da Silva. E agora vou abordar diretamente o tema que foi me foi colocado.

Citarei os cinco fatos mais marcantes nas relações da China com o Brasil. Em 1974, China e Brasil estabeleceram relações diplomáticas. Em 1993, os dois países estabeleceram a parceria estratégica. Em 2004, o presidente Lula e o presidente Hu Jintao realizaram visitas recíprocas com resultados muito significativos. Em 2008, o Brasil lançou a agenda para aumentar as exportações para a China e a China, por sua vez, publicou o primeiro documento sobre as políticas da América Latina. Em abril desse ano, que já foi mencionado pelo senhor embaixador, a China substituiu os EUA como o maior parceiro comercial do Brasil, alterando dessa maneira, uma história que durou quase 80 anos.

Zhu: Como os senhores mencionaram, nos últimos anos houve um crescente aumento de trocas de alto nível entre os líderes da China e do Brasil. Para o senhor embaixador, qual a importância disso no impulso das relações bilaterais?

Embaixador: Essas visitas e esses encontros são fundamentais. Sem o diálogo entre as mais altas autoridades dos dois países, as relações não teriam se desenvolvido da forma como se desenvolveram. E eu acho que é muito auspicioso o diálogo entre o presidente Lula e o presidente Hu Jintao. Eles têm demonstrado, em todas as reuniões que já realizaram, um entendimento recíproco muito grande, um diálogo aberto, franco, e uma coincidência de pontos de vista muito significativa. Isso ocorreu novamente à margem da reunião do G20 em Londres, quando os dois presidentes se reuniram para discutir a situação internacional. Nós estamos enfrentando um momento de crise econômica e de grandes transformações no mundo. O Brasil, um grande país de desenvolvimento do Oeste, e a China, um grande país de desenvolvimento do Leste, devem compartilhar posições, e apresentar uma agenda comum frente aos problemas do mundo, para que juntos, possam criar um mundo mais equilibrado, em que os países em desenvolvimento tenham presença mais marcante. E nós esperamos que a visita do presidente Lula avance nesse diálogo e no lançamento de uma nova fase nas relações bilaterais, marcada por um plano de ação conjunta, que possa desenhar um rumo para essas relações nos próximos 5 anos, baseados em projetos concretos e num diálogo estratégico cada vez mais intenso.

Zhu: Senhor Chen, como um acadêmico chinês especializado na questão do Brasil, o senhor poderia traçar, para os nossos internautas, um panorama da situação atual das relações sino-brasileiras?

Chen: Eu gostaria de descrever um panorama por meio de duas frases. A primeira: "Boas relações políticas, rápido avanço comercial e desenvolvimento da parceria estratégica em diversas áreas". A segunda: "a mais marcante característica é o comércio". E ainda queria sublinhar que o comércio bilateral subiu três graus em um espaço de tempo de menos de um ano. Nos meados de 2008, a China ultrapassou a Argentina, tornando-se o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Em março de 2009, a China ultrapassou os EUA e tornou-se o primeiro comprador dos produtos brasileiros. Tudo isso indica que o Brasil e a China alcançaram o conhecimento mútuo, e os governos e povos dos dois países têm dado maior importância às relações bilaterais, com a tomada de políticas para promover o intercâmbio comercial. Eu me lembro que por volta de 2005, eu costumava dizer que o Brasil havia descoberto a China tarde demais. Porém, logo depois de dar início à competição, o Brasil passou a correr para alcançar os países que saíram mais cedo. E agora, não só alcançou como ultrapassou seus competidores.

Zhu: Esta será a segunda visita oficial do presidente Lula à China. A última foi em 2004. Senhor embaixador, sob o contexto da crise financeira, qual a importância dessa visita do presidente Lula à China?

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