Após a condenação do golpe militar de Honduras e do pedido de restituição do governo de Manuel Zelaya pela Assembleia Geral da ONU e Organização dos Estados Americanos, a comunidade internacional continuou pressionando o governo interino, que se nega a cooperar.
O Departamento de Defesa Nacional dos EUA informou no dia 1º, que as forças armadas do país já suspenderam todos os projetos de cooperação militar com Honduras.
O chanceler das Relações Exteriores da Suécia, país que ocupa a presidência rotativa da União Europeia (UE), Carl Bildt, afirmou ontem (2) em seu website pessoal, que os países membros da UE já retiraram seus embaixadores em Honduras, e no momento, o bloco está discutindo medidas para promover "a recuperação do sistema jurídico constitucional" de Honduras. Os países latino-americanos, como Chile e Colômbia, também retiraram seus embaixadores no país.
O Banco Mundial anunciou no dia 1º, que antes de se resolver a atual crise que assombra o país, todos os empréstimos de ajuda a Honduras serão cancelados. O Banco do Desenvolvimento Interamericano também anunciou no mesmo dia, que vai suspender novos financiamentos ao país.
Diante da pressão da comunidade internacional, o governo interino de Honduras resiste. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Miguel Insulza, anunciou no dia 1º em Washington, que o governo interino hondurenho tem um prazo de três dias para restituir o poder do presidente deposto, Manuel Zelaya. No entanto, o presidente interino Roberto Micheletti, declarou que Zelaya "nunca vai retomar o poder", e caso volte ao país, será detido.