Ao comparecer a uma reunião de emergência convocada devido ao golpe de Estado em Honduras, Zelaya afirmou que vai regressar à pátria nesta quinta-feira, junto a José Miguel Insulza, secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). depois de assistir à reunião do conselho permanente da OEA, que ocorrerá em Washington. Zelaya destacou que continua sendo o presidente legítimo do país.
Centenas de manifestantes ocuparam ontem as ruas próximas ao palácio presidencial, incendiando pneus e lançando pedras e garrafas em direção à zona de vigilância. A tropa de choque usou bombas de gás lacrimogêneo e deu tiros de alerta para expulsar os seguidores, alguns dos quais foram atingidos pelas balas perdidas. A polícia hondurenha ainda aprisionou alguns repórteres internacionais que cobriam o conflito.
Um grande protesto também tomou ontem a cidade de San Pedro Sula, ao norte do país, onde manifestantes incendiaram pneus em frente ao palácio da prefeitura e recusaram-se a reconhecer a nomeação do presidente interino, Roberto Micheletti.
Micheletti anunciou ontem que os seis ministros do governo interino já tomaram o poder.