Um simpósio internacional sobre a história e a realidade do Mar do Sul da China foi realizado nesta quinta-feira (10), em Beijing.

Os participantes discutiram temas como a ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial, a soberania sobre Nanhai Zhudao e a reavaliação da sentença arbitral de 2016 sobre o Mar do Sul da China.

Wu Shicun, presidente do Centro Huayang para Cooperação Marítima e Governança Oceânica, afirmou que a soberania da China sobre Nanhai Zhudao (ilhas no Mar do Sul da China) e suas águas adjacentes tem ampla base histórica e jurídica, visto que o país administra a região desde a antiguidade, além de estar em conformidade com a ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial.

“Defender a soberania da China sobre Nanhai Zhudao visa manter a ordem internacional, em vez de transgredir as regras internacionais”, ressaltou Wu em seu discurso durante a abertura do simpósio.

Rommel Banlaoi, presidente da Sociedade Filipina de Estudos de Segurança Internacional, afirmou que a sentença prejudicou as relações sino-filipinas e agravou a situação geopolítica na região.

“O Mar do Sul da China não deve ser fonte da disputa. Nos tempos antigos, esse mar unia e conectava filipinos e chineses”, lembrou Banlaoi. “A melhor maneira de resolver divergências é por meio do diálogo e de consultas. O fator-chave para isso é reconstruir a confiança.”

Organizado pelo Instituto Nacional de Estudos do Mar do Sul da China e pelo Centro Huayang de Cooperação Marítima e Governança Oceânica, o evento atraiu mais de 150 especialistas, acadêmicos e representantes de mais de 10 países e regiões, incluindo China, Indonésia, Filipinas, Reino Unido e Canadá.

Tradução: Inês Zhu

Revisão: Denise Melo