Não há "zona cinzenta" ou "espaço para ambiguidade" quando se trata da República Popular da China representando toda a China nas Nações Unidas, disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, nesse sábado (28), na 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
No discurso durante o Debate Geral, Wang Yi afirmou aos líderes mundiais que Taiwan sendo "uma parte inalienável do território da China" representa ambos "a história e a realidade".
Tanto a Declaração do Cairo quanto a Proclamação de Potsdam expressam explicitamente que todos os territórios que o Japão roubou dos chineses, como Taiwan e as Ilhas Penghu, serão devolvidos, e isso constitui uma parte importante da ordem internacional do pós-guerra, reforçou o chanceler chinês.
"Bem aqui, neste solene salão, há 53 anos, a 26ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Resolução 2758 com uma maioria esmagadora, decidindo restaurar todos os direitos da República Popular da China nas Nações Unidas, reconhecer os representantes do Governo da República Popular da China como os únicos representantes legítimos da China nas Nações Unidas e expulsar imediatamente os representantes da região de Taiwan das Nações Unidas e de todas as organizações relacionadas a ela", relembrou o ministro, acrescentando que, "de uma vez por todas, a resolução resolveu a questão da representação de toda a China, incluindo Taiwan, nas Nações Unidas".
A resolução deixou claro que não existem "duas Chinas" ou "uma China, uma Taiwan". "Nesta questão de princípio, não há zona cinzenta ou espaço para ambiguidade", destacou Wang Yi.
"A reunificação completa da China será alcançada. Taiwan acabará retornando ao abraço da pátria mãe. Essa é a tendência esmagadora da história que ninguém e nenhuma força pode deter", reafirmou o chanceler chinês.