Um porta-voz do Ministério do Comércio da China respondeu na quarta-feira (12) a perguntas sobre a divulgação da decisão preliminar da investigação antidumping da União Europeia (UE) contra veículos elétricos chineses.

O porta-voz destacou que a UE desconsiderou os fatos e as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), ignorou as repetidas objeções da China, assim como os apelos e recomendações de vários governos e setores industriais dos seus países membros. A China expressa grande preocupação e forte descontentamento.

A decisão da UE carece de fundamentos factuais e legais, ignorando o fato objetivo de que a vantagem dos veículos elétricos chineses decorre da concorrência aberta, o que evidencia a desconsideração das regras da OMC e a da total cooperação das empresas chinesas na investigação. Trata-se de um ato puramente protecionista que cria e agrava a fricção comercial. O comportamento não só prejudica os direitos legítimos da indústria de veículos elétricos da China, mas também perturba e distorce as cadeias globais de indústria e suprimento do setor automobilístico, incluindo a da própria UE.

A China insta a UE a corrigir imediatamente essa prática equivocada e a resolver adequadamente as disputas comerciais por meio de diálogo e negociação. A parte chinesa tomará todas as medidas necessárias para defender resolutamente os direitos legítimos de suas empresas.

No dia 12, o Ministério das Relações Exteriores da China também respondeu à decisão da UE de impor tarifas aos veículos elétricos chineses, qualificando-a de típico protecionismo e exortando a instituição a cumprir seu compromisso de apoiar o livre comércio.

No mesmo dia, a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) expressou seu profundo lamento quanto à decisão da UE, e declarou que é absolutamente inaceitável.

No dia 12 de junho, horário local, a Comissão Europeia divulgou as tarifas temporárias a serem impostas aos veículos elétricos importados da China. A BYD, a Geely e o Grupo SAIC Motor serão sujeitos a tarifas de 17,4%, 20% e 38,1%, respectivamente. Outros fabricantes chineses também estarão sujeitos a uma tarifa média ponderada de 21%. A Comissão Europeia afirmou que, se as discussões com a China não chegarem a uma solução eficaz, essas tarifas temporárias serão implementadas a partir de 4 de julho.

Tradução: Zhao Yan

Revisão: Mariana Yante