Países ocidentais têm acusado recentemente o setor de novas energias da China de “excesso de capacidade produtiva”.

O jornal sul-coreano The Hankyoreh apontou em um artigo que as ações dos Estados Unidos nesse sentido visam defender sua liderança no mercado global, bem como interesses próprios. O periódico frisou que o governo estadunidense tenta conter a China sob o pretexto de “segurança econômica”, e que a exacerbação da concorrência entre as duas potências às vésperas das eleições presidenciais é um meio de ganhar o apoio dos eleitores.

O jornal suíço Neue Zürcher Zeitung criticou o Ocidente como hipócrita e míope ao lamentar o “excesso de capacidade de produção” da China. Segundo o veículo de imprensa, a melhor estratégia é encarar a competição, promover o acesso igual a seu mercado e beneficiar de produtos de alta qualidade e de baixo preço.

A agência estadunidense Bloomberg citou um relatório divulgado pelo Conselho Global de Energia Eólica, dizendo que, no ano passado, a capacidade instalada de novas turbinas eólicas bateu recorde no mundo, registrando 117 gigawatts, um crescimento de 50% em comparação com 2022. De acordo com a Bloomberg, o êxito deve-se, em grande parte, aos produtos chineses baratos e ecológicos, e a indústria eólica global poderá se estagnar se o país for marginalizado. A agência de notícias afirmou que é preciso garantir o apoio governamental entre todos os países, em vez de promover uma disputa comercial, para remodelar o sistema energético mundial.

Tradução: Joaquina Hou

Revisão: Mariana Yante