A 24ª reunião de líderes China-União Europeia (UE) será realizada no dia 7 de dezembro em Beijing, segundo acordado por ambas as partes. Pela ocasião do 20º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica abrangente e do 25º aniversário da criação do mecanismo de reunião de líderes China-UE, este é também o primeiro encontro presencial de alto nível entre os dois lados desde a pandemia de Covid-19. Muitos analistas europeus acreditam que, diante da situação internacional caótica, a China e a UE devem aproveitar a oportunidade para aumentar a confiança mútua e fortalecer a cooperação, a fim de responder em conjunto aos desafios globais. 

O ex-editor-chefe do jornal polonês Trybuna e ex-deputado da Câmara Baixa da Polônia, Piotr Gadzinowski, afirmou que, após a reunião entre os chefes de Estado da China e dos EUA, ambas as partes expressaram sua vontade de regressar à concorrência racional. As relações sino-europeias também se beneficiarão da melhoria desses laços. A China é o parceiro econômico não europeu mais importante da UE, sendo ainda mais importante do que os EUA em muitas áreas. 

O advogado austríaco e presidente da Associação Chinesa de Comércio da Áustria, Georg Zanger, apontou que formar um grupo para confrontar a China é uma abordagem errada. As principais empresas alemãs e francesas já perceberam que a dissociação fará com que percam o mercado chinês. A indústria automobilística europeia, especialmente, sofrerá enormes perdas. Está muito óbvia a tendência de desindustrialização da Europa, que poderá levar a uma maior recessão econômica. 

Segundo o jornalista “freelancer” austríaco, Martin Sörös, a economia chinesa é atualmente muito forte e não depende, de fato, da Europa. Os parceiros que estão dispostos a cooperar com a China incluem o continente africano, os membros do Brics, a América Latina e países do Leste Europeu como a Hungria e Sérvia. Até a Austrália também está se aproximando da China. 

Tradução: Zhao Yan

Revisão: Mariana Yante