As preocupações dos países do Sul Global, tais como o financiamento para o desenvolvimento, as mudanças climáticas e a disparidade de renda, estão entre os principais temas de discussão durante a 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em curso.

Sendo o maior país em desenvolvimento, a China vai participar de várias conferências da AGNU para expressar seus apelos e ideias como membro orgânico do Sul Global.

O Sul Global se refere ao conjunto de países emergentes e nações em desenvolvimento. Nos últimos anos, o conceito aparece frequentemente em conferências e comunicados liderados pelos Estados Unidos e pelo Ocidente. Especialistas analisaram que os EUA e o Ocidente estão instrumentalizando este termo, com o intuito de excluir a China de seu escopo e a deriva da definição de país em desenvolvimento.

A Declaração de Havana, aprovada durante a recém-realizada Cúpula do G77 mais China, porém, incluiu várias concepções e propostas chinesas, apontando a importância dos esforços das partes envolvidas na promoção do desenvolvimento global e da cooperação ganha-ganha para construir a Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade.

Trata-se de um sinal de união e autofortalecimento do Sul Global, e também evidencia que a China é membro natural do grupo.

A China e os demais países em desenvolvimento compartilham os mesmos revezes históricos e processos de luta, além de enfrentarem desafios e tarefas de desenvolvimento comuns. Todos eles mantêm semelhantes pontos de vista e exigências quanto à ordem internacional e à governança global atuais.

Como as outras nações em desenvolvimento, a China também está se empenhando em seu processo de desenvolvimento. Apesar de ser a segunda maior economia do mundo, o PIB per capita do país em 2022, de US$ 12.741, equivale a apenas 1/5 das economias desenvolvidas e a 1/6 dos EUA.

O Rendimento Nacional Bruto per capita da China ocupou o 68º lugar do ranking mundial e o seu Índice de Desenvolvimento Humano ocupou a 79ª posição, o que representa uma grande diferença do status dos países desenvolvidos. Por isso, a China ainda é a maior nação em desenvolvimento.

Para a parte chinesa, os países do Sul Global são parceiros no caminho de desenvolvimento, e ela deve envidar seus melhores esforços para oferecer apoio aos demais Estados. Até o momento, a China já proporcionou assistência ao desenvolvimento a mais de 160 países, e começou a construir o Cinturão e Rota em conjunto com mais de 150 nações.

Diante da instabilidade do mundo atual e da ascensão do unilateralismo e da hegemonia, os interesses legítimos das nações em desenvolvimento foram gravemente prejudicados. O Sul Global, incluindo a China, tem uma esperança geral de garantir a justiça e a equidade e conduzir a reforma da governança global a uma direção mais justa e racional.

Tradução: Paula Chen

Revisão: Mariana Yante