A Organização das Nações Unidas (ONU) discutiu nesta sexta-feira (25) uma resolução de parceria com o Fórum das Ilhas do Pacífico. O vice-representante permanente chinês na ONU, Geng Shuang, discursou na ocasião, afirmando que o oceano é um bem público da toda humanidade e que a insistência do Japão em despejar os resíduos nucleares no mar transfere o risco de poluição nuclear ao mundo e mostrou uma atitude extremamente egoísta e irresponsável.
O diplomanta chinês apontou que o governo japonês citou repetidamente o relatório de avaliação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nas suas afirmações recentes. De fato, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, ressaltou no prefácio do relatório que o descarte das águas poluídas no mar é uma decisão nacional do Japão e que o relatório da entidade não pode ser considerado como uma sugestão nem uma garantia para a política envolvida, acrescentou Geng Shuang.
Geng Shuang ainda observou que há 12 anos atrás, ocorreu um acidente grave na usina de Fukushima, o que resultou em vazamento de grande volume de substâncias radioativas para o oceano. Atualmente, o governo japonês implementou unilateralmente a evacuação dos dejetos nucleares no mar ignorando o questionamento e a oposição da comunidade internacional, o que afeta desde os moradores locais até a população mundial.
Por fim, Geng Shuang pediu que a comunidade internacional convença o governo japonês para que ele corrija sua decisão errada e pare imediatamente de despejar as águas residuais poluídas no mar. Para o diplomata chinês, a parte japonesa deve se comunicar com boa-fé com os países envolvidos e as partes interessadas e tratar de maneira responsável os resíduos nucleares, a fim de prevenir consequências e danos imprevisíveis para o ambiente marinho e a saúde dos povos de diferentes nações.
Tradução: Xie Haitian
Revisão: Gabriela Nascimento