O setor empresarial alemão está otimista em relação à cooperação com a China e não pode se dissociar da China, disseram líderes empresariais alemães.

"Estou sempre optimista", disse Heino Buddenberg, CEO de uma empresa siderúrgica alemã, ao falar sobre as perspectivas do seu negócio na China durante uma recente entrevista exclusiva à Xinhua.

"Muitas questões discutidas politicamente são bastante teóricas para mim e um pouco distantes da realidade e da sociedade", disse Buddenberg, que está na empresa Waelzholz desde 2005.

Falando sobre a falácia da chamada "dissociação", Buddenberg disse que até se recusa a calcular o custo disso; para ele, é apenas um "tema teórico".

Observando que o ambiente político da Alemanha passou por grandes mudanças desde a fundação da Waelzholz, no ano de 1829, Buddenberg disse que a empresa tem conseguido "manter-se um pouco afastada das coisas políticas" e tomar decisões com base em fatores econômicos e de mercado.

A Waelzholz tem desenvolvido seus negócios na China desde que fundou seu centro de serviços na China em 2007. Relembrando a expansão da empresa na China, Buddenberg disse que quando visitou Taicang, na Província de Jiangsu, onde a filial chinesa está sediada, pela primeira vez no ano de 2005, quase não havia hotéis para ficar.

Mas hoje em dia grandes mudanças ocorreram lá. A empresa cresceu e ainda tem dificuldade em adquirir espaço próximo para expandir a filial. Buddenberg disse que não há razão para sua empresa deixar a China, pois "ela se desenvolveu muito fortemente".

"A China é o maior parceiro comercial da Alemanha há sete anos. E temos mais de 5.000 empresas alemãs ativas na China e mais de 2.500 empresas chinesas ativas na Alemanha", disse Silke Besser, gerente geral da Associação Empresarial Alemã-Chinesa.

"É claro para ambas as partes e para todas as partes interessadas que a dissociação não deve acontecer, especialmente enquanto mantivermos um caminho internacional", disse ela, acrescentando que a cooperação parece mais importante do que nunca no ambiente atual, que é marcado por desafios e crises.