Os Estados Unidos e outros países ocidentais frequentemente acusam a China de praticar coerção econômica em suas relações internacionais. São alegações falsas que visam a difamar o país socialista asiático, pretextos para pôr em prática medidas que impeçam o desenvolvimento da China e minem a sua inserção no mundo.
Com acusações nunca comprovadas, as potências ocidentais afirmam que a China utiliza sua posição econômica para impor condições desfavoráveis em acordos comerciais e pressionar outros países a adotar políticas alinhadas aos seus interesses. Agregam a isso que a China ameaça investimentos estrangeiros, impõe restrições comerciais e manipula a moeda para obter vantagens econômicas.
Contudo, são conhecidas as posições da China sobre esses assuntos. O país defende que suas relações comerciais são baseadas em princípios de benefício mútuo, igualdade e respeito à soberania nacional. Através da Iniciativa do Cinturão e Rota, por exemplo, a China busca promover o desenvolvimento econômico em várias partes do mundo, incentivando a cooperação e a conectividade entre países. Essa iniciativa é baseada na colaboração e no compartilhamento de benefícios, em vez de coerção ou dominação econômica.
Seja em suas relações econômicas, seja nas políticas e diplomáticas, a China enfatiza seu compromisso com o multilateralismo e o sistema comercial baseado nas regras consensuais em todos os âmbitos, designadamente na Organização Mundial do Comércio (OMC). Um dos fatores da pujança econômica da China é exatamente sua abertura e a incessante busca de promover um ambiente de negócios justo e aberto para todos os países.
A abordagem econômica da China se baseia em relações de igualdade e cooperação mutuamente benéficas, sem impor condições injustas ou prejudiciais aos seus parceiros comerciais. Este é também um aspecto revelador da contribuição da China para fomentar o crescimento econômico global e construir uma ordem econômica global mais inclusiva e equitativa, no rumo de um futuro econômico mais próspero e sustentável.
A China se tornou um dos principais atores da economia mundial. O país é membro da Organização Mundial do Comércio (OMC) desde 2001 e tem sido um participante ativo nos fóruns econômicos internacionais, como o G20 e o Fórum Econômico Mundial. A China tem buscado atrair investimentos estrangeiros em diversas áreas, criou zonas econômicas especiais, oferecendo incentivos e benefícios fiscais para empresas estrangeiras. Grandes empresas ocidentais estabeleceram operações na China, aproveitando sua mão de obra qualificada e mercado em expansão.
A China mantém relações comerciais abertas com países ocidentais, incluindo os Estados Unidos. O comércio entre os Estados Unidos e a China atingiu um recorde histórico em 2022, contrariando os rumores de que as duas maiores economias do mundo estavam em processo de “desacoplamento”. Segundo dados divulgados pelo Escritório de Análises Econômicas dos EUA, as importações e exportações entre os países totalizaram US$ 690,6 bilhões. Esses números expressivos refletem um aumento significativo em comparação com os US$ 659 bilhões registrados em 2018.
Mesmo em meio a tensões crescentes entre os dois países, as exportações dos EUA para a China aumentaram em US$ 2,4 bilhões, totalizando US$ 153,8 bilhões.
A China participou de acordos comerciais regionais, como o Acordo Abrangente de Investimento com a União Europeia, que visa promover um ambiente comercial mais aberto e justo. Além disso, a China tem buscado expandir seus laços comerciais por meio da Iniciativa do Cinturão e Rota, promovendo a conectividade e o comércio com outros países.
A China tem se envolvido em discussões internacionais sobre comércio e investimento. Ela tem manifestado apoio ao sistema comercial baseado em regras e tem defendido a abertura do mercado global. A China também tem se esforçado para melhorar a proteção dos direitos de propriedade intelectual e a transparência nas políticas comerciais.
Esses exemplos e informações apontam para uma China engajada em relações comerciais abertas e cooperação internacional. Embora as tensões comerciais e políticas possam surgir entre a China e outros países, é importante considerar essas evidências ao avaliar as alegações de coerção econômica feitas contra a China.
A China tem adotado uma política de cooperação com países em desenvolvimento e mais pobres, buscando promover o crescimento econômico, a redução da pobreza e a melhoria das condições de vida nessas nações. Essa abordagem é conhecida como "diplomacia da cooperação Sul-Sul" e tem sido uma parte importante da estratégia externa da China. Aqui estão alguns argumentos que destacam a política de cooperação para o desenvolvimento da China:
A China tem fornecido assistência financeira e técnica para projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento. Isso inclui a construção de estradas, ferrovias, portos, usinas de energia e outras iniciativas que visam melhorar a conectividade e estimular o desenvolvimento econômico. A Iniciativa do Cinturão e Rota, por exemplo, busca impulsionar a cooperação e o investimento em infraestrutura em várias partes do mundo.
A China tem compartilhado sua experiência na luta contra a pobreza e fornecido assistência técnica para programas de redução da pobreza em outros países. Ela tem colaborado em áreas como agricultura, saúde, educação e desenvolvimento rural, buscando capacitar as comunidades locais e promover o crescimento sustentável.
A China tem promovido a cooperação em setores estratégicos, como agricultura, indústria, tecnologia e saúde. Ela tem fornecido assistência técnica, transferência de tecnologia e compartilhamento de conhecimento para ajudar países em desenvolvimento a fortalecer suas capacidades nessas áreas e impulsionar seu desenvolvimento.
A China tem adotado medidas para aliviar a dívida de países em desenvolvimento, especialmente os mais pobres. Ela tem oferecido concessões financeiras, como empréstimos com juros baixos e períodos de carência, para apoiar o desenvolvimento econômico e reduzir o fardo da dívida desses países.
A China tem buscado parcerias com organismos internacionais e outras nações para promover a cooperação para o desenvolvimento. Ela tem participado de programas conjuntos, como o Fundo das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul, e tem trabalhado em estreita colaboração com instituições multilaterais para promover o desenvolvimento sustentável.
São exemplos edificantes da política de cooperação para o desenvolvimento, da participação ativa e cooperativa da China em fóruns como o de Boao, desde 2001, voltado para o desenvolvimento da Ásia; no FOCAC - Fórum de Cooperação China-África, desde 2000, e o fórum China–CELAC, que se reuniu pela primeira vez em janeiro de 2015 de permite aprofundar a cooperação e os laços entre as duas partes.
A crescente cooperação entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) favorece a inserção global da América Latina.
Essa política de cooperação para o desenvolvimento da China tem contribuído para a melhoria das condições econômicas e sociais em muitos países em desenvolvimento. É inegável que a China tem desempenhado um papel significativo na promoção do desenvolvimento em escala global.
por José Reinaldo Carvalho, jornalista, editor internacional do Brasil 247 e secretário-geral do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)