Revista Jacobin: expansão para a Ásia é uma ideia ruim da OTAN
Fonte: CMG Published: 2023-08-02 11:29:39

O site da revista estadunidense Jacobin publicou no sábado (29) um artigo intitulado “A expansão da OTAN para a Ásia é a mãe das más ideias”. De acordo com o artigo, os legisladores dos Estados Unidos acreditam que a expansão para a Ásia é inevitável. No entanto, refuta, a ideia é extremamente má, e pode ser evitada.

Há pouco mais de um século, o aumento das tensões entre impérios e um complicado conjunto de alianças levou a Europa a uma guerra desastrosa sem precedentes – a Primeira Guerra Mundial. Hoje, uma versão mais complicada desse cenário está se aproximando, à medida que as relações EUA-China se deterioram e a aliança da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) começou a estender seus tentáculos à Ásia, a quase seis mil quilômetros de distância de sua sede em Bruxelas.

O comunicado oficial da Cúpula da OTAN deste ano, em Vilnius, mencionou a China mais de uma dúzia de vezes – um acréscimo significativo em relação à declaração da Cúpula de Madri no ano passado, cujo documento apenas cita uma vez a China. Mas não são apenas palavras. Em 2020, o bloco convidou pela primeira vez seus "parceiros do Indo-Pacífico" – Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul, juntamente com Finlândia e Suécia, agora recém-empossados membros plenos – para participar de uma reunião de Ministros das Relações Exteriores, a fim de discutir a ascensão da China. Neste ano, os quatro países participaram da Cúpula da OTAN pelo segundo ano consecutivo. Independentemente de como tais convidados avaliam suas próprias ações, as potências rivais na região – China, República Popular Democrática da Coreia e Rússia –deixaram claro seu descontentamento com a ideia, com Beijing ameaçando uma "resposta resoluta" caso a OTAN se mova para a vizinhança. O que é necessário é um pouco de empatia estratégica: a capacidade de nos colocarmos no lugar de outros países e tentarmos entender como nossas ações são compreendidas a partir de seus olhos. Há razões racionais para que a China considere a crescente presença militar dos EUA perto de suas costas como uma ameaça.

Tradução: Nina Niu

Edição: Mariana Yante

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