Foi realizada nos dias 17 e 18 de julho a Cimeira União Europeia (UE)-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Bruxelas. Na cimeira, os líderes da UE tentaram persuadir os líderes da CELAC a assinar uma declaração condenando a Rússia, mas essa tentativa não se concretizou devido à insistência da Nicarágua, Venezuela e Cuba.
De acordo com o site estadunidense Politico, antes da cimeira, as duas partes tinham debatido a possibilidade de mencionar o conflito Rússia-Ucrânia na declaração. No documento final divulgado na noite do dia 18, o texto integral não mencionava a Rússia, mas na seção envolvendo o conflito Rússia-Ucrânia, estava escrito: “Estamos profundamente preocupados com o conflito Rússia-Ucrânia em curso.”
Um pesquisador sênior afirmou que não apenas a Nicarágua, mas Cuba e Venezuela também não querem assinar tal declaração. Os três países foram sujeitos a sanções, invasões e subversão do regime pelos Estados Unidos ao longo das últimas décadas. A opinião deles é que, durante esse tempo, eles não ouviram nada do lado europeu, e a Europa nunca condenou as ações dos EUA. Por isso, os três países estão muito descontentes por terem sido “forçados” a participar da condenação da Rússia.
Tradução: Cecília Ma
Revisão: Erasto Santos Cruz