No dia 4 de julho, a 62ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi realizada na cidade de Puerto Iguazú, no norte da Argentina. Trata-se da primeira cúpula desde 2019 na qual os líderes dos quatro Estados Partes em atividade compareceram de forma presencial, sendo as negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) o foco da reunião.
O presidente da Argentina, que está na presidência rotativa do bloco, Alberto Fernández, afirmou na ocasião que, em um contexto internacional de conflito e incerteza, aprofundar os laços entre o Mercosul e a UE é uma ação política importante. O acordo com a UE também é uma oportunidade no contexto da nova cartografia produtiva mundial, considerando as novas tecnologias e os novos empregos gerados pelas cadeias de valor emergentes. Fernández também conclamou o Mercosul a acelerar sua integração à onda da globalização.
Durante a reunião, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva – que assume a presidência rotativa a partir da ocasião – voltou a criticar a UE, declarando que ela está criando obstáculos para a assinatura do acordo de livre comércio com o Mercosul, na medida em que as condicionalidades ambientais impostas na carta enviada em março pela contraparte europeia são inaceitáveis. Ele também prometeu concluir a assinatura do tratado durante a presidência brasileira do Mercosul.