(Foto: CFP)

O desmatamento na floresta amazônica brasileira caiu 31% entre janeiro e maio, em comparação com o mesmo período do ano passado, informou o governo.

No total, foram perdidos 1.986 quilômetros quadrados de floresta amazônica nos primeiros cinco meses, contra os 2.867 quilômetros quadrados de área desmatada no mesmo período de 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente.

"O governo atual recebeu (da administração anterior) uma alta taxa de desmatamento na Amazônia em um setor muito importante. Os dados que acabamos de divulgar representam uma queda de 10% no mês de maio, comparada ao mesmo mês do ano passado. De janeiro a maio deste ano, houve uma queda de 31% no desmatamento", disse o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA), João Paulo Capobianco, em entrevista à imprensa para apresentação dos números.

Segundo o governo, a maior parte do desmatamento deste ano, cerca de 46%, ocorreu em propriedades rurais com registro público no Cadastro Ambiental Rural (CAR), no qual o governo pode identificar o responsável pela área, seja um proprietário comum ou um ocupante ilegal em processo de regularização das terras.

Outros 21% da superfície desmatada se encontrava em assentamentos rurais e 15% em zonas e florestas públicas não designadas. Percentagens menores foram observadas em unidades de conservação, terras indígenas e áreas de preservação permanente.

"Grande parte do desmatamento na Amazônia é ilegal, não foi autorizado", explicou o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho.

O trabalho da autarquia neste período se traduziu na aplicação de mais de 2 bilhões de reais (US$ 400 milhões) em multas, um aumento de 179% em comparação com o ano passado.