O vasto esquema dos EUA para monitorar seus países aliados gera mais uma vez grande insatisfação e indignação dos cidadãos dessas nações, relevou uma reportagem divulgada em 13 de abril no jornal The New York Times. Segundo a publicação, os documentos secretos do Pentágono revelaram atos de espionagem dos EUA em todos os lugares do mundo. Um grande volume de agentes estadunidenses coletou informações nos “países amistosos”, incluindo a Alemanha, o Egito, a Coreia do Sul, a Ucrânia e os Emirados Árabes.
Na Alemanha, milhares de pessoas se manifestaram nas ruas contra o ato norte-americano. O governo francês convocou com urgência o embaixador estadunidense na França, enquanto o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou sua vista aos EUA.
O jornal apontou, citando o especialista em políticas internacionais, Charles A. Kupchan, que desde que Edward Snowden revelou o programa PRISM, em 2013, o monitoramento dos EUA sobre seus aliados se tornou uma “velha notícia”. Um estudo realizado pelo centro de pesquisa Pew em 44 países mostra que mais de 73% dos entrevistados estão contra o ato estadunidense de monitoramento secreto.