O jornal britânico The Guardian publicou no último domingo (19) o artigo “Depois de um milhão de mortes, não posso perdoar o que o terrorismo americano fez ao meu país, o Iraque”, escrito pelo romancista iraquiano, Sinan Antoon.
Segundo o autor, a invasão dos EUA criou, de fato, um “novo Iraque”, mas o que os “comerciantes de guerra” levaram aos iraquianos não foram Starbucks ou novos negócios, mas carros-bomba, atentados suicidas, Al-Qaeda e terroristas alimentados pelos EUA nas prisões militares. O povo iraquiano está agora sofrendo diariamente com as consequências desta “guerra antiterrorista”: a prevalência do terrorismo.
Além disso, mais de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas internamente no Iraque, e mais de um milhão morreram direta ou indiretamente no país como resultado da invasão dos EUA.
Segundo o artigo, não foi apenas o sistema político que foi destruído no Iraque, o urânio empobrecido deixado pelos militares americanos ainda causou defeitos congênitos em recém-nascidos iraquianos e altos índices de câncer em algumas regiões.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Diego Goulart