Vendas de armas dos EUA ao estrangeiro aumentam significativamente no ano fiscal de 2022
Fonte: CMG Published: 2023-01-29 19:55:18

As vendas de armas dos EUA para governos estrangeiros cresceram significativamente no ano fiscal de 2022, segundo dados divulgados pelo Departamento de Estado, que atribuiu o aumento principalmente ao apoio militar dos EUA à Ucrânia durante o conflito desta última com a Rússia.

O valor total das vendas militares para governos estrangeiros autorizadas pelo Departamento de Estado foi de US$51,9 bilhões no ano fiscal de 2022, o período de 12 meses encerrado em 30 de setembro de 2022, aumentando 49,1% em relação aos 34,8 bilhões de dólares do ano fiscal anterior, mostraram os dados.

As chamadas vendas comerciais diretas, ou vendas de armas e equipamentos militares para governos estrangeiros por fornecedores de defesa dos EUA, também aumentaram no ano fiscal de 2022, aumentando 48,6%, para US$ 153,7 bilhões, em comparação com US$ 103,4 bilhões no ano fiscal de 2021.

No final do ano fiscal de 2022, 14.445 entidades foram registradas na Diretoria de Controles Comerciais de Defesa para conduzir atividades comerciais de defesa, o que representa um ligeiro aumento em relação ao ano fiscal de 2021, informou o departamento em comunicado à imprensa datado de quarta-feira.

O Departamento de Estado atribuiu o aumento ao fornecimento contínuo de assistência militar dos EUA à Ucrânia em meio ao conflito em andamento entre a Ucrânia e a Rússia, afirmando que "as transferências de armas e o comércio de defesa são ferramentas importantes da política externa dos EUA".

De acordo com a última atualização do Departamento de Defesa divulgada na quarta-feira, os Estados Unidos têm mais de 27,1 bilhões de dólares em assistência de segurança para a Ucrânia desde o início do conflito Rússia-Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Os números das vendas de armas de 2022 são negócios potenciais que o Departamento de Estado notificou ao Congresso, não as vendas finais, o que significa que algumas das transações podem ser recusadas pelo Congresso, forçando assim o governo a se envolver em novas negociações.

No que diz respeito aos destinos dessas vendas, eles cobrem aliados e parceiros dos EUA na Europa, pois as demandas por armas dos EUA dispararam especialmente nos países da OTAN e nas regiões da Ásia-Pacífico e Oriente Médio.