A China exigiu nesta sexta-feira (13) ao Reino Unido que reconheça a tendência histórica, abandone seu antigo sonho colonial e pare de interferir nos assuntos de Hong Kong.

Numa coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que a parte britânica negligenciou o fato do retorno de Hong Kong à pátria e divulga todos os anos o chamado “Relatório Semestral sobre Hong Kong”. Esse ato, segundo Wang, é uma intervenção grosseira nos assuntos de Hong Kong, que são assuntos internos da China, além de uma violação grave do direito internacional e das normas básicas das relações internacionais. A China está fortemente insatisfeita e se opõe de forma resoluta.

O diplomata chinês salientou que o Reino Unido não possui a soberania, nem o direito de administração e supervisão sobre Hong Kong. As bases legais para o governo chinês administrar Hong Kong são a Constituição chinesa e a Lei Básica de Hong Kong, e de forma alguma a Declaração Conjunta Sino-Britânica.

Na mesma ocasião, Wang Wenbin pediu aos Estados Unidos e Japão que abandonem a mentalidade de Guerra Fria, parem de criar “inimigos imaginários” e de introduzir a mentalidade de uma “Nova Guerra Fria” na região Ásia-Pacífico. Segundo ele, a Ásia-Pacífico é uma região de desenvolvimento e paz, e não uma arena para gladiadores geopolíticos.

Tal afirmação foi feita para comentar uma declaração conjunta divulgada pelos EUA e Japão após a reunião “2+2” de ministros das Relações Exteriores, na qual consideram a China o maior desafio estratégico e culpam-na por questões relativas a Taiwan, Hong Kong e Tibete.

Também na coletiva de imprensa, Wang Wenbin disse que a China está prestando muita atenção aos movimentos da Coreia do Sul relacionados à questão do sistema de defesa antimíssil THAAD. Segundo ele, o país vizinho deve lidar bem com a questão para que não se torne um obstáculo ao desenvolvimento das relações com a China.

tradução: Shi Liang

revisão: Erasto Santos Cruz