Comentário: Comunidade internacional espera resolução da questão das Ilhas Malvinas
Fonte: CMG Published: 2023-01-03 23:15:52

No primeiro dia do ano novo de 2023, o primeiro-ministro de Mauritius, Pravind Kumar Jugnauth, declarou que já iniciou as negociações sobre a questão da soberania do Arquipélago de Chagos com o Reino Unido. Isso significa que foi aberto  oficialmente o processo de promoção da devolução desse arquipélago a Mauritius.

Diante dessa notícia, a comunidade internacional espera que também seja retomado o diálogo entre o Reino Unido e a Argentina sobre a questão das Ilhas Malvinas, após a resolução do caso do Arquipélago de Chagos.

De fato, a soberania dos dois conjuntos de ilhas já teve uma conclusão muito clara na história. Em fevereiro de 2019, o Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas considerou a ocupação do Arquipélago de Chagos pelo Reino Unido como uma ação ilegal. Em maio do mesmo ano, a Assembleia das Nações Unidas exigiu que o governo britânico devolvesse a soberania das ilhas a Mauritius num prazo de seis meses. A seguir, em janeiro de 2021, o Tribunal Internacional do Direito do Mar condenou os britânicos por não terem cumprido a decisão da ONU. Mas todos esses apelos foram ignorados pelo Reino Unido.

Quanto à questão das Malvinas, em 1965, a Assembleia das Nações Unidas determinou a erradicação da colonização da região e pediu que o Reino Unido e a Argentina resolvessem a disputa por meio do diálogo. Mas, até hoje, o governo britânico ainda não agiu com sinceridade para solucionar a questão.

Mesmo assim, a comunidade internacional nunca deixou de apoiar a Argentina. Nas regiões da América Latina e Caribe, quase todos os países estão ao lado do governo argentino na questão das Ilhas Malvinas. A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou várias vezes resoluções para que a Argentina retome a soberania das ilhas por meio do diálogo. Outros países, como a China e a Rússia, também manifestaram abertamente o apoio aos pedidos razoáveis da Argentina. Tudo isso representa o consenso comum da comunidade internacional em oposição ao colonialismo e em defesa da equidade e justiça.

Tradução: Xie Haitian

Revisão: Patrícia Comunello