Violência com armas mostra como é a consciência dos políticos de Washington
Fonte: CMG Published: 2022-11-23 20:05:56

No dia 22, um tiroteio ocorrido em um supermercado Walmart em Chesapeake, Estado da Virgínia, Estados Unidos, causou várias mortes e feridos. Três dias antes, um tiroteio em uma boate no Colorado matou 5 pessoas e feriu outras 25. Pelo terceiro ano consecutivo, o número de grandes tiroteios nos EUA ultrapassou 600.

Nas eleições de meio mandato que acabaram de ser realizadas, a questão sobre a violência com armas atraiu grande atenção. O presidente norte-americano, Joe Biden, disse que a "epidemia" de violência armada deve ser resolvida. No entanto, os sons dos tiros disseram às pessoas que esta epidemia se agravou. Hoje, nos EUA, as pessoas podem se deparar com um tiroteio nas ruas, nas escolas ou nos bares em qualquer momento. A violência com armas ameaça vidas, causa danos psicológicos nas pessoas e prejudica a sociedade norte-americana.

Os Estados Unidos possuem 4,2% da população mundial, mas contam com 46% das armas civis do mundo. A taxa de mortalidade da violência com armas nos Estados Unidos é muito maior que a de outros países desenvolvidos. Os dados mostram que até o dia 21 de novembro, 39 mil norte-americanos morreram a tiros neste ano. 

Além disso, os frequentes tiroteios levaram a um aumento significativo na taxa de depressão e ansiedade entre os jovens, acompanhada por um risco bastante alto de suicídio. Segundo a reportagem divulgada pela revista semanal U.S. News & World Report, pelo menos metade dos suicídios nos Estados Unidos a cada ano está relacionada ao uso de armas.

A violência armada nos Estados Unidos ainda não tem solução e reside na chamada "cultura das armas". Muitos estadunidenses acreditam que uma razão importante para se ter alcançado a independência do país é que as pessoas podem possuir armas. A Segunda Emenda da Constituição dos EUA, aprovada em 1791, protege o direito de portar armas. Desde então, a "cultura das armas" foi plantada na sociedade estadunidense. A essência dessa cultura é promover e glorificar a violência. Hoje, muitos produtos culturais e de entretenimento nos EUA, como filmes, televisão, animação e jogos, estão cheios de elementos violentos. Além disso, grupos de interesse subornam políticos e usam a mídia para doutrinar constantemente o público sobre a liberdade de possuir armas, por isso, este problema social se intensificou.

O direito à vida é o direito humano mais importante. Poder ou não conter efetivamente a violência com armas é um critério importante para a comunidade internacional avaliar os direitos humanos nos Estados Unidos. Não é questão dos políticos estadunidenses poderem ou não parar com os tiroteios, mas sim, se querem ou não, o que mostra como é sua consciência.

Tradução: Luís Zhao 

Revisão: Erasto Santos Cruz