O ex-presidente do Banco Central do Brasil e economista brasileiro, Ilan Goldfajn, foi eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) neste domingo (20), com 80% dos votos no primeiro turno de votação. Outros quatro candidatos, da Argentina, México, Chile e Trindade e Tobago, disputaram o cargo. Goldfajn é o primeiro brasileiro a ocupar o posto desde 1959, ano de fundação do BID.

Goldfajn comandou o Banco Central do Brasil entre maio de 2016 e fevereiro de 2019. Ele também foi o presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil, economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) e economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco.

O BID é uma instituição especializada da Organização dos Estados Americanos (OEA) com 48 países membros, incluindo 28 americanos, 16 europeus e quatro asiáticos. O último presidente foi demitido após uma investigação concluindo que ele manteve uma relação íntima com uma funcionária. O cargo estava vago desde setembro.

O presidente do BID tem um mandato de cinco anos. O candidato deve ganhar o apoio dos países membros. Os direitos de voto variam de país para país, dependendo da proporção da ocupação de ações. Os acionistas principais do BID são os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil, que detêm cerca de 53% das ações.

Tradição: Nina Niu

Edição: Diego Goulart