Entre os mercados emergentes, a Ásia conta com a melhor condição para dissolver o impacto da atual crise financeira internacional, declarou o economista chefe do Standard Chartered, Gerard Lyons, em recente relatório de estudo.
Existem grandes diferenças entre as economias avançadas e os países emergentes, particularmente os da Ásia e do Oriente Médio, de acordo com Lyons. Ele assinalou que os países ocidentais contam com muitos problemas estruturais, como a dependência excessiva de dívidas, fazendo com que a recessão possa não ser seguida de uma pronta ou sólida recuperação.
Em contraste, em muitos países emergentes, os depósitos são maiores e os desequilíbrios internos não são graves e, por isso, o declínio pode ser mais cíclico nas economias emergentes que nos países ocidentais. Nesse caso, 2010 pode ser o ano de recuperação.
Os Estados Unidos influenciará a Ásia diretamente através de uma desaceleração nas exportações e indiretamente através dos mercados de valores e da debilitação da confiança, disse Lyons, acrescentando que a Ásia, incluindo a Coréia do Sul e a Indonésia, devem procurar suficientes métodos políticos e recursos para enfrentá-lo.
Por outro lado, é importante que os planejadores de políticas das economias emergentes evitem cair em armadilhas experimentadas pelas economias avançadas no passado, quando muitos primeiros sinais de problemas foram ignorados.
Lyons mencionou que a Ásia experimentou sua própria crise financeira na década passada e muitos países da região prepararam métodos para enfrentar a crise.
Quanto ao pessimismo econômico global, Lyons afirmou que "é prematuro dizer que já saímos do pior da crise, mas estamos no caminho".
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