O palácio presidencial francês disse em comunicado publicado ontem (19) que o presidente russo, Dmitry Medvedev, prometeu quando conversou no mesmo dia com o presidente francês, Nicolas Sarcozy, que vai retirar as tropas russas da Geórgia antes do dia 21 ou 22 deste mês.
Medvedev disse que a Rússia vai seguir a quinta regra do acordo de cessar-fogo e enviar um grupo de 500 soldados responsável por "medidas extras de segurança" para a região da Ossétia do Sul. Ele acrescentou que vai aceitar o envio de inspectores para a Geórgia pela Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE).
O Conselho Permanente da OSCE decidiu ontem, na reunião especial realizada em Viena, que vai aumentar o número de inspetores na Geórgia para 100.
No mesmo dia, o vice-chefe do Estado Maior das forças armadas russas, Anatoly Nogovitsyn, também disse na coletiva à imprensa realizada em Moscou que a Rússia vai continuar a acelerar a retirada das tropas da Geórgia.
O porta-voz da chancelaria chinesa, Qin Gang, elogiou a assinatura do acordo de trégua e o começo da retirada de tropas russas.
A conferência especial dos chanceleres dos países membros da OTAN emitiu uma declaração no mesmo dia em Bruxelas pedindo que a Rússia observe o acordo de cessar-fogo assinado pelos presidentes dos dois países e retire suas tropas da Geórgia imediatamente. A conferência ainda concordou em estabelecer o sistema de "Comissão OTAN-Geórgia" para desenvolver as relações bilaterais cooperativas.
O chanceler russo, Sergey Lavrov, assinalou no mesmo dia que a Rússia decidirá sobre a posição da OTAN no problema da Geórgia e que as futuras relações entre a OTAN e a Rússia vão mudar.
Segundo outras informações, o Conselho de Segurança da ONU realizou ontem à tarde uma reunião urgente sobre os conflitos da Geórgia, mas não chegou a nenhum acordo.
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