Pacientes portadores do HIV mostram boa imunogenicidade e segurança após receber vacina da Sinovac contra Covid-19
Em 23 de março de 2022, a revista "The Lancet AIDS" publicou online um estudo de coorte prospectivo (Safety and immunogenicity of CoronaVac in people living with HIV: aprospective cohort study) feito em São Paulo, no Brasil.
O estudo avaliou a imunogenicidade e segurança da vacina inativada CoronaVac desenvolvida pela companhia chinesa Sinovac para pacientes portadores do HIV. No total, estavam envolvidos 511 participantes entre 9 de fevereiro e 4 de março de 2021, dos quais, 215 (4%) eram pessoas com HIV e 296 (58%), pessoas sem imunossupressão conhecida (grupo de controle).
Durante o estudo, indivíduos infectados pelo HIV com 18 anos ou mais já vacinados com CoronaVac foram regularmente acompanhados pelo Ambulatório de Aids da Universidade de São Paulo. Todos eles já haviam completado duas doses da vacina com intervalo de 28 dias. Amostras de sangue foram coletadas antes da vacinação e seis semanas após a segunda dose (dia 69) para analisar a associação do status de Aids e da contagem de CD4 com a imunogenicidade da vacina.
Segundo resultados do estudo, em pessoas com HIV, a vacina CoronaVac apresentou forte imunogenicidade e a incidência de eventos adversos não foi significativamente diferente em relação ao grupo de controle.
Trata-se do maior estudo de coorte prospectivo até o momento em pacientes portadores do HIV que receberam a vacina inativada contra a Covid-19.
tradução: Shi liang
revisão: Diego Goulart