Comentário: Como os EUA tornaram direitos humanos em armas?
Para os estadunidenses, o dia 12 de abril foi desastroso. Na manhã deste dia, mais de vinte passageiros inocentes foram baleados em um atentado ocorrido na estação de metrô no Brooklyn, em Nova York. Quase ao mesmo tempo, o Conselho de Estado dos EUA publicou um relatório de direitos humanos sobre cerca de 200 países do mundo, sem mencionar nenhuma situação do próprio país, ignorando a dor do povo norte-americano que sofre com tiroteios. Em vez disso, Washington "preocupa-se" com os direitos humanos de outros países. O ato irônico do governo estadunidense demonstrou o que são "direitos humanos falsos" e "hegemonia verdadeira".
Washington realmente se importa com os direitos humanos nos próprios EUA? A violência armada, uma "doença incurável" no país, já matou mais de dez mil pessoas este ano.
Desconsiderando a proteção e a melhoria dos direitos humanos do próprio país, os EUA elaboram os chamados relatórios sobre direitos humanos de outros países ano após ano, o que é apenas o velho truque de interferir nos assuntos internos de outras nações, criar pequenos círculos e manter a hegemonia. Aos olhos dos políticos de Washington, os direitos humanos são política, ferramentas e armas.
Já na década de 1970, os EUA propuseram formalmente a "diplomacia dos direitos humanos", que significava essencialmente interferir nos assuntos internos de outros países sob o pretexto de questões de direitos humanos. Durante a Guerra Fria, os direitos humanos não apenas se tornaram a base da política externa dos EUA, mas também uma arma para travarem guerra.
A hipocrisia e o armamento dos direitos humanos de Washington provocaram indignação global. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que os EUA estão usando os direitos humanos como uma ferramenta para manipular e intimidar os países que não obedecem aos seus interesses. O jornal The Times of India disse no dia 13 que, tendo em vista uma série de problemas internos nos EUA e seu duplo padrão em direitos humanos para outros países, sua "postura é repugnante".
Tradução: Xia Ren
Revisão: Diego Goulart