Inovação
Dezembro de 2011, em Shanghai, Zhang Jun está fazendo preparativos para o Concerto da Ópera Kunqu do Ano Novo. Desta vez, ele quer introduzir mais elementos modernos, como músicas pop e jazz, à antiga arte chinesa.
Ainda em setembro, em Nanjing, capital da província de Jiangsu, a Companhia da Ópera Kunqun de Jiangsu levou a arte para o metrô urbano através do programa "Grande Beleza da Kunqu no Metrô", surpreendendo os passageiros apressados, ao se depararem com Du Liniang, Liu Menghai e Li Xiangjun, personagens centenárias das peças da Kunqu.
A inovação da Ópera Kunqu não é uma novidade para muitos chineses. A peça "Quiosque da Peônia" foi adaptada especialmente para a plateia jovem, introduzindo técnicas audiovisuais modernas, o que rejuveneceu a antiga arte teatral. Zhang Jun, que nunca poupa esforços pela inovação artística, até levou a peça aos jardins clássicos reais e possibilitou um "diálogo" entre os protagonistas e os espectadores, no cenário formado pelos quiosques, riachos e lagoas reais.
Para Ke Jun, presidente da Companhia da Ópera Kunqu de Jiangsu, essa arte precisa de proteção igual à das relíquias históricas, mas também precisa da exploração de todas as possibilidades de inovação.
"Buscamos inovações com base na tradição. Enquanto mantemos a tradição, pretendemos mostrar a beleza clássica através da nova visão." Zhang Jun costuma se autodenominar um "soprador de poeira", por explorar novas ideias para descobrir a beleza da Kunqu.
Tirado o pó da história, a antiga Kunqu exibe sua beleza rejuvenecida aos espectadores da era da globalização. Nos últimos dois anos, a edição juvenil do "Quiosque da Peônia" saiu ao palco em mais de 200 ocasiões e deixou o cenário real de jardins clássicos em 90 vezes. Noventa por cento da plateia foi de novos fãs.