Blansdorf é especialista na preservação de cores. No projeto de restauração do Templo Shuilu, porém, ela precisa fazer mais do que isso.
"O grupo alemão que participa do projeto é formado por cinco integrantes, e cada um tem sua própria tarefa. Antes, eu era responsável pela preservação das cores unicamente. Depois, descobrimos que a estabilidade da parede e das estátua de argila é mais importante, pois, se o parede ou as estátuas caíssem, o trabalho de proteção das cores não faria sentido. Então passei a me dedicar a isso também."
Com os esforços conjuntos de China e Alemanha, o problema técnico da proteção da maioria das estátuas e da parede já foi resolvido. A técnica mais usada no processo é injetar lama desenvolvida por eles mesmos entre as estátuas para consolidar as peças. Blansdorf explicou:
"Primeiro, injetamos água e uma cola especial no espaço entre a parede e as estátuas, para criar condições mais úmidas para a injeção da lama. Depois, injetamos no mesmo espaço a argila."
De acordo com Blandorf, cada estátua encontra-se em um diferente estado de conservação, e a recuperação de uma peça leva diversas horas. Para terminar o trabalho de recuperação de todas as estátuas, calcula-se que o grupo precisa do trabalho árduo de quatro integrantes por cinco meses. Então, Blandorf espera prolongar o tempo dos especialistas alemães no cenário de três para seis semanas.
Além do Templo Shuilu, o outro escritório de Blandorf na China é o laboratório do Centro de Recuperação das Relíquias Culturais de Xi'an, que foi transferido para a zona de exploração de alta tecnologia de Xi'an. O novo edifício entrou em funcionamento há pouco tempo e, por isso, o ar condicionado central dos laboratórios ainda não funciona. Nem mesmo o calor reduz a paixão de Blandorf pelo trabalho; ela nos disse que esta é uma situação temporária. Ela acrescenta que, se não conseguisse superar dificuldades como essa, a cooperação tecnológica entre os dois países não duraria 18 anos.
"Em termos de confiança mútua, amizade e organização do trabalho, nossa cooperação com o Centro de Recuperação das Relíquias Culturais de Xi'an é muito boa e tem uma base consolidada. Se iniciarmos novos projetos e pudermos contar com a participação dos colegas, poderemos realizar bem o trabalho. Não tenho dúvidas disso."