A iniciativa sincera da professora e a firmeza de Yao comoveram o pai, que concordou com a sequência dos estudos da filha em uma das melhores escolas secundárias da cidade. No entanto, três anos depois, ela encontrou outro obstáculo. Após a graduação na escola secundária, Yao Yunqiu foi convocada pelo governo, assim como muitos outros jovens chineses urbanos nos anos 60 e 70, a trabalhar no campo. Felizmente, ela foi enviada a uma comunidade agrícola próxima a sua cidade. Ela se recorda bem da experiência:
"Naquele momento, me senti muito estimulada. No dia 6 de março de 1969, andamos a pé por dezenas de quilômetros e chegamos à comunidade agrícola de Nantong. A minha lembrança mais forte é da nossa vida em tendas feitas de junco, com pedaços da palha caindo em nossas cabeças. Para comer na tenda tínhamos de abrir um guarda-chuva. Dormíamos em uma grande cama com oito pessoas, trabalhávamos num arrozal e mesmo assim éramos muito felizes."
Certa vez, ao saber que cinco jovens da comunidade agrícola foram indicados a estudar na universidade, ela decidiu continuar lutando para viabilizar seu sonho de receber educação superior e acumular conhecimento. Então, em 1973, a comunidade agrícola realizou um exame para escolher 20 dentre os 60 trabalhadores para estudar na universidade. Yao não desperdiçou a oportunidade.
"Eu já estava com 25 anos de idade, mas não poderia perder aquela chance tão preciosa. Então, trabalhava durante o dia e estudava à noite. Após três meses me preparando, felizmente fiquei entre os 20 selecionados e ingressei na universidade."