"Eu não queria aceitar o convite, pois não havia na história nenhum registro sobre o acervo cultural do Palácio Potala".
Persuadido por seu chefe e seus colegas, Jampa tomou posse e iniciou seu trabalho com muito orgulho, mas também com grande preocupação. Quanto ao orgulho, o Palácio Potala é um lugar consagrado para o povo tibetano. Seus objetos possuem um valor incalculável. Para qualquer tibetano, administrar Potala significa a honra suprema. No entanto, Jampa também vive preocupado, pois a importância do seu trabalho não permite nenhum erro. A catalogação e o registro do acervo no Potala se transformaram na prioridade de Jampa. Ele também recorreu a todos os meios para proteger os afrescos, livros antigos e paredes.
Em 1997, ao pesquisar o palácio, Jampa descobriu por coincidência que uma das colunas que suportam o alicerce do palácio estava sendo destruída por carcoma. A situação era tão crítica que Jampa informou imediatamente os departamentos concernentes. Especialistas encontraram até o momento 140 colunas semelhantes. O governo central destinou, a partir de junho de 2002, 170 milhões de yuans à segunda restauração do Palácio Potala, focalizando a proteção do alicerce.
O Palácio Potala destaca-se também na preservação e proteção da sutra Pattra, sânscrito registrado nas folhas de árvores, introduzido entre os séculos VII e XIII da Índia e Nepal ao Tibet. De acordo com Jampa, mesmo na Índia, é dificílimo encontrar peças de sutra Pattra. O Palácio Potala estabeleceu, portanto, o instituto especial para cooperar com entidades do Japão e da Índia na pesquisa da área.
"Prestamos muita atenção ao registro e proteção da sutra Pattra, por isso formamos um escritório especialmente dedicado a isso. A sutra Pattra nasceu na Índia, mas agora não existe nem um pedacinho naquele país. Agora nossas cooperações com o Japão e a Índia estão em bom andamento", disse Jampa.