Mas, ao contrário dos colegas que estão preocupados com a futura carreira e ocupados em participar dos eventos de divulgação das empresas, alguns graduandos vivem tranquilos: vão às aulas como rotina, fazem leituras na biblioteca, ficam conectados online e conversando sobre assuntos que lhes interessam… Por quê? Porque eles planejam ter um gap year, ou seja, aproveitar o primeiro ano após a graduação para fazer algo especial antes de entrar na competição do mercado de trabalho. Zheng Xiangyu, um formando da Universidade de Renmin faz parte desse grupo.

"Durante o primeiro semestre, eu pretendo servir em um orfanato no Nepal que faz parte de uma missão humanitária internacional. E na segunda metade do ano, planejo ser docente de regime voluntário na província chinesa de Guizhou."

Fazer um gap year é uma novidade na China, mas os jovens estudantes estão aceitando essa nova ideia com rapidez. Alguns deles até conseguiram persuadir seus pais para financiar seus planos de "conhecer o mundo", e os outros optaram por fazer por conta própria.

A diretora do Departamento de Ensino e Pesquisa sobre o Mercado de Trabalho, Ding Dajian, apoia os estudantes que desejam saber mais sobre o mundo.

"É a melhor maneira de conhecer a sociedade. A primeira coisa que um estudante deve saber é como o mundo funciona. Se eles não sabem o que é o mundo e como são as carreiras, como podem saber o que querem fazer e como se desenvolvem? Se eles têm apenas um único propósito, como ganhar o máximo de dinheiro possível, deve haver algo de errado com a sociedade. "

Na verdade, o conceito de gap year é comum em alguns países ocidentais, onde os alunos tiram uma folga e fazem algo diferente da escolaridade, como viagem e trabalhos voluntários. E isso ajuda bastante os graduados a descobrir o que eles querem e o que precisam antes de escolher um trabalho, assim como a conhecerem melhor a si mesmos.

Tradução Li Mei

Revisão Luíz Tasso Neto

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