Desde sua primeira foto, em 1990, feita com objetivo de ganhar a vida, até o momento em que se determinou a registrar a vida dos mongóis através de imagens, A Yin já passou 20 anos na pradaria. Ele promete redobrar o uso de seu talento na conservação da cultura mongol.
A etnia mongol é uma etnia nômade muito antiga que vive no norte da China e na República Mongol. Mas, no decorrer de desenvolvimento científico e tecnológico e de intercâmbios culturais, o modo de vida tradicional dos mongóis passou por mudanças drásticas. Sobretudo nas últimas décadas, a vida e a cultura nômades enfrentam uma crescente ameaça de extinção, tanto por razões externas quanto internas. A maioria dos mongóis já vive em lugares fixos e trabalha no setor agrícola ou comercial.
Como fotógrafo mongol, A Yin tenta contribuir com a preservação da tradição mongol. Para melhor entender a cultura nômade, ele passou cinco anos a vivendo junto com os pastores, na pradaria Wuzhumuqin, uma das últimas terras de nômades. Ele fez retratos com filme em preto e branco. Tanto nas tempestades de areia, quanto na temperatura de -30º C, com muito vento, A Yin persistiu em registrar a vida real dos nômades. Durante esse período, ele também escreveu 26 livros sobre a vida e a cultura da etnia no idioma mongol.