A interpretação de tambores africanos já se tornou moda entre jovens de Beijing, Guangzhou, Shanghai e outras cidades chinesas. Em uma das ruas de bares de Houhai, em Beijing, todo domingo à tarde o jovem Liu Yong comanda um grupo de músicos que tocam percussão africana ao ar livre. A atividade atrai inúmeros turistas e curiosos, pois Houhai é uma famosa área para diversão na capital chinesa. A apresentação do grupo acrescenta um tom exótico a Houhai, que abriga uma linda paisagem e residências antigas de famílias nobres e personalidades culturais chinesas. Neste programa, vamos conhecer esses jovens chineses que adoram a música africana.
Você está ouvindo a música interpretada por Liu Yong e seus alunos de tambores africanos. Liu Yong ensina percussão africana gratuitamente desde 2008. Durante o período de um ano, o mestre viu o número de alunos crescer de menos de dez para cerca de cem. Além disso, Liu ainda fundou uma banda de percussão africana, em que toca ao lado de seus seis melhores discípulos. Após dois meses de ensaio, eles já mostram desenvoltura no instrumento.
Liu Yong tem 29 anos e estudou piano na universidade. Foi quando trabalhava em Lijiang, na Província de Yunnan, sudoeste da China, que Liu teve seu primeiro contato com a percussão africana. Desde então, ele nutre paixão pelo instrumento estrangeiro. De acordo com ele, o tambor africano é bem diferente dos demais tambores, que às vezes remetem um sentimento triste. O tambor africano transmite uma expressão alegre e cordial.
"Entre os instrumentos musicais, eu prefiro a percussão. Muitos tambores não têm a capacidade de expressão que o africano tem, pois eles são capazes de emitir apenas dois tons, ao passo que a bateria africana cria ritmos em diversas notas."
Em 2008, Liu Yong abriu uma loja de tambores africanos em Beijing, onde introduziu e vendeu instrumentos da África, Indonésia e Tailândia. No início, o negócio não pareceu lucrativo: nos primeiros dois meses, ele não vendeu um tambor sequer. O motivo da falta de clientes é simples: o desconhecimento. Os tambores africanos não eram muito conhecidos entre chineses, então era preciso primeiro divulgar a cultura africana para assim atrair compradores. E foi assim que Liu Yong começou a ensinar gratuitamente o instrumento.
Aos poucos, além dos clientes da loja, os transeuntes de Houhai também foram atraídos pela interpretação de Liu e aderiram ao grupo de percussionistas. Liu ainda criou um website para organizar atividades e reunir os fãs do ritmo africano.
Guo Bin, estudante do instrumento há mais de um ano, testemunhou o desenvolvimento do clube de percussionistas:
"No início, tínhamos menos de dez pessoas tocando. O número de interessados subiu gradualmente, e hoje temos cerca de cem. Agora, nosso objetivo é expandir o conhecimento sobre a percussão além do grupo e compartilhar com os outros nossa paixão pela música africana e a alegria que é tocar percussão."