A ferrovia que ligará a capital chinesa ao centro financeiro do país começou a ser construída em abril de 2008 e terá 24 estações ao longo dos 1318 km de extensão. Os passageiros poderão escolher entre o trem de 300 km/h e o de 250 km/h. O de 300km/h cumprirá o percurso em menos de cinco horas, metade do tempo atual.
Zhang Weiguo, diretor do Instituto da Pesquisas Econômicas da Academia de Ciências Sociais de Shandong, lembrou que "o turismo é um produto de consumo que precisa levar em conta tempo e custo. A inauguração do trem-bala Beijing-Shanghai vai otimizar bastante o tempo da viagem, tornando-o mais eficiente".
Para o pesquisador Zhang Weiguo, o trem-bala vai levar dinamismo ao mercado turístico, injetando ânimo no chamado "turismo interprovincial". Com o aumento do fluxo de passageiros, a economia e a indústria turística local serão incrementadas.
A ferrovia conecta três centros econômicos do leste da China e as duas cidades mais importantes do país. Obviamente, isso vai exercer influências sobre o desenvolvimento do leste da China e, por que não, de todo o país.
Com a inauguração do trem-bala, as sete cidades cortadas pela ferrovia (Beijing, Shanghai, Tianjin, Nanjing, Jinan, Cangzhou e Bengbu) vão formar uma aliança turística.
Algumas agências de turismo de Shanghai e Beijing já estão discutindo roteiros de viagem vinculados ao trem-bala. O novo meio de transporte vai proporcionar aos turistas vindos de Shanghai uma viagem de 4 horas até a Shandong, onde estão a Montanha Taishan e o Templo de Confúcio, famosos pontos turísticos da China. A ferrovia de alta velocidade vai promover cidades do interior de Shandong ainda pouco conhecidas dos moradores de Shanghai e Beijing, que preferem o litoral da província.
O Departamento de Turismo de Shandong, Yu Chong, acredita que o trem-bala vai despertar num número maior de turistas o desejo de conhecer a província.