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Os Jardins Clássicos de Suzhou
  2011-05-25 15:03:45  cri

Suzhou não tem muitas montanhas. Poucas montanhas encontram-se longe da cidade. Por isso, construir montes artificiais é uma saída para curtir a beleza montanhosa dentro da cidade. Suzhou, próximo ao lago Tai, cujas pedras são muito prediletas para a construção de jardim. Pedras duras tornam-se vívidas depois do trabalho de carpinteiros e jardineiros. No Jardim Florestal de Leões, há uma montanha artificial com vários picos e grutas. "Mesmo vivendo na cidade, sinto viver por entre as montanhas", eis a descrição sobre o Jardim Florestal de Leões.

A montanha ganha a vida com água, a água se movimenta com a montanha, são dois requisitos para a construção do jardim. As águas nos jardins de Suzhou são vivas diretamente ligadas a rios ou a fontes por canais subterrâneos. No Jardim do Administrador Humilde, a superfície de águas ocupa três quinto da área total, porém são cortadas por monte, pontes, corredores e coberta com flores de lotos, em forma de tanque e riacho, como se fossem naturais. Em outros jardins, mesmo a área de águas não é tão grande, porém, com suas margens de pedra, com pontes de diferentes estilos ou com construções vizinhas, compõem um quadro paisagístico e natural.

A distribuição do jardim combina no geral com as construções típicas para passeios e repouso, por isso são pequenos. Por exemplo, no Jardim Liuyuan, logo depois de entrar, depare com um corredor sinuoso, e depois disso, veêm-se construções, porém uma distribuição geral com parte central de montanha e água, parte leste com quiosques e jardins dentro do jardim, parte oeste por riachos e arbustos.

As flores, árvores e bambus são sempre presentes nos Jardins de Suzhou. Os donos dos jardins gostavam de se inspirar nestes tipos de plantas para escrever seus poemas ou pinturas. Retratar a beleza da natureza em pequenas dimensões, no entanto, sempre foi um desafio. O Jardim Wangshi é um destes exemplos. Ocupando um sexto do Jardim de Administrador Humilde, o Parque Wangshi é conhecido como um jardim dentro do jardim. Ou seja, ele é uma paisagem dentro de uma paisagem, onde as montanhas e tanques não são grandes, tampouco acanhados.

Por isso, a paciência se constitui numa importante premissa para se apreciar os jardins de Suzhou. Eles devem ser milimetricamente observados, pois as montanhas artificiais, muros, quiosques e arbustos revelam silenciosamente e, indiretamente, sua beleza.

Para apreciar jardins de Suzhou, tem que saber apreciar a diferentes maneiras. Com um tanque de água, você pode apreciar peixes e lótus num barquinho de pedra botado propositadamente por arquiteto no tanque; mas, você também pode contemplar de cima da montanha as águas e as construções a seu redor como se fosse um quadro paisagístico; numa outra época, sentada num corredor do pico da montanha, você pode sentir vento e frio e ter até piedade de lotos já murchos.

Nos jardins de Suzhou, por cada vão de porta e janela, entra uma cena natural. Por isso, muitas pessoas qualificam os jardins de Suzhou como um rolo de pinturas.

Em alguns jardins, foram empregadas paisagens de fora, tal como o Quiosque Canglang. Com montanhas como seu principal motivo, o jardim conta com um corredor dotado de vãos de janelas com desenhos paisagísticos fora do jardim, assim uma combinação perfeita das paisagens interior e exterior.

Segundo especialistas, para apreciar bem a beleza dos jardins clássicos de Suzhou, tem de ter uma cultura tradicional chinesa, pois a construção desses jardins impregnada de toda a história e cultura chinesa.

Tal como um comentário da Comissão da UNESCO: Nenhum outro jardim pode mostrar a qualidade e a concepção arquitetônica clássica da jardinagem antiga da China como os jardins clássicos de Suzhou que concentram um cosmos num pequeno jardim. Com o reconhecimento da UNESCO, provavelmente, tenha sido atingida a meta do arquiteto. Mesmo sendo obras construídas entre séculos 16 e 18, uma combinação de construção jardineira de que se aproveitar da natureza e ultrapassar a natureza é sua cultura evidente na arquitetura antiga.


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