Pontes, rios e casas a suas margens já formam uma beleza especial de Suzhou; porém, os jardins encontrados em becos ou dentro de algumas portas são outro aspecto da beleza de Suzhou. Suzhou é uma cidade com os jardins mais clássicos da China.

Em 1997, o Jardim do Administrador Humilde, o parque Liuyuan, o parque Wangshi e o Jardim Huanxiu, os mais famosos de Suzhou foram incluídos na lista de patrimônios culturais e naturais da UNESCO. Em 2000, o Pavilhão Canglang, o Jardim Florestal de Leões, o Jardim de Mudas, o Parque Ouyuan e o ParqueTuisiyuan foram suplementados também na lista.

Esses jardins de Suzhou são particulares no passado. O mais antigo é o Quiosque Canglang, construído em meados do século 11, enquanto outros foram construídos nas Dinastias Ming (1368-1644) e Qing (1644-1911), período da construção mais próspera de jardins de Suzhou.

Os jardins chineses se caracterizam por suas qualidades para residência, passear e curtir, razão pela qual, são indispensáveis os motivos de montes, águas, construções e floras.

Como está situada ao sul do Rio Yangtse, Suzhou tem um clima ameno, próprio para cultura botânica. Mesmo não tendo montanhas, pedras não faltam nas regiões próximas. Nas Dinastias Ming e Qing, Suzhou não só era economicamente próspera como ainda tinha formado uma cultura forte com mais de 60 eruditos que conseguiram títulos em provas imperiais, ocupando o primeiro lugar do país. A cidade de então foi qualificada como lugar de mérito e talento literário. Por isso, a cidade dotava de boas condições para construir jardins poéticos. Segundo registros, num certo período, existia um total de mais de 300 jardins em toda a cidade.

A construção dos jardins não só precisava de recursos financeiros, ainda de competência de seus motivos culturais. A qualidade dos donos e o talento dos arquitetos constituíam dois fatores importantes na história da construção de jardins. Os donos dos jardins de Suzhou eram em geral, aristocratas, grandes letrados e famosos comerciantes. Dos burocratas, muitos foram altos funcionários do governo imperial e dos letrados, muitos acumulam caracteres tanto de letrados como de poetas e pintores. Muitos jardins foram desenhados por donos mesmo ou junto com os arquitetos artistas.

Os jardins de Suzhou, em sua maioria, encontram-se no centro da cidade e próximos às residências populares. Os muros cercam os jardins, como se estivessem obstruindo barulhos de fora e mantendo a serenidade de dentro. Com fachadas, ou portas simples, parece que os donos queriam se recolher na sua vida privada. Mas, ao entrar, você depare com uma miniatura de tudo, pontes, riachos, penhascos, quiosques, veredas e floras... Por isso, os jardins de Suzhou são qualificados como florestas e montes dentro da cidade.

De verdade, os jardins dentro da cidade refletiam a idéia e o comportamento de seus donos. Muitos donos quando saíram de seus cargos, gostavam de depositar todo seu sentimento em natureza ou em artes. Por isso, no Jardim Administrador Humilde, foi construído um lar de retorno; o Jardim Wangshi, com o sentido do título de quer ser pescador; o Jardim de Mudas, com o título de querer plantar flores e pomares; o Parque Ouyuan, com o sentido do título de o casal voltar a terra natal e dedicar-se à lavoura. Tal como o poeta da Dinastia Tang, Baijuyi escreveu, "A residência de dez mus, cinco mus para construir o jardim; com águas, com bambuzal, não se sente no lugar pequeno, não se sente viver remoto, mas calmo e tranqüilo; com salões, pátios, com pontes e barco, com livros e vinhos, com canções e músicas. O velho com barba à brisa, vivendo satisfeito".

Próximos a residências e de pequena dimensão constituem outro caráter dos jardins de Suzhou. O maior é o Jardim Administrador Humilde, com 50 mil metros quadrados, o menor como a o Parque Huanxiu com apenas 2100 metros quadrados, porém, ao passear nele, você fica fascinado com belezas diferentes em vez de achar pequeno espaço pequeno.

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