No período de maior prosperidade do budismo, mais de 170 templos foram construídos na montanha. Havia quase um templo para cada monte. Porém, apenas 29 foram preservados. Entre os quais, estão os Templos Baoguo e Wannian, os mais famosos. O Templo Baoguo é o maior da montanha e seu principal cartão postal, onde se encontra a estátua do Buda Samantabhadra, construído em 980. O Buda aparece elegante e imponente com uma coroa dourada e kasaya, montado num elefante com seus pés sustentados por flores de loto. Com 7,38 metros de altura e 62 toneladas de peso, a estátua não mostra sinais de soldadura, sendo por isso considerada obra prima da área.
Mesmo não possuindo a tranqüilidade do passado, os budistas, vestidos de amarelo, continuam suas atividades religiosas como se estivessem em outro mundo e transmitindo assim o budismo para as gerações posteriores.
O Grande Buda Leshan, situado na montanha Lingyun, a leste da Emei, constitui mais um precioso patrimônio histórico. O buda ergue-se numa encosta da montanha Lingyun na região onde os Rios Ming, Dadu e Qingyi correm um ao lado do outro. Segundo os registros, a construção do buda visavam aproveitar a força sagrada budista para controlar as inundações desses rios. O monge Haitong foi o pioneiro da obra que desenvolveu por 20 anos obteve os primeiros recursos para o projeto. A construção do buda começou em 713 de nossa era e terminou 90 anos depois.
O Buda é tão grande que pode contemplar de longe de vários quilômetros. Sua cabeça mede 14,7 metros e sua largura 10 metros; a orelha possui 7 metros de altura, enquanto o de nariz e sobrancelhas, respectivamente, possuem 5,6 metros; os olhos medem 3,3 metros; os ombros, com 24 metros. O pé é de 8,5 metros de largura, onde podem ficar mais de cem pessoas de uma vez. Perante este Grande Buda, ninguém pode deixar de admirar: o Buda é a montanha, a montanha é o buda.
Além de sua grandeza, a escultura é uma obra nítida com traços muito vivos. Tecnologicamente, existe um sistema de drenagem de água na obra, bem projetado e invisível incrustado nos franzidos dos vestuários, em braços e costas, de modo a drenar águas oportunamente e facilitar a ventilação a fim de prevenir desgastes naturais.
Depois de sua construção, foi construído um quiosque de 13 pisos para o proteger. Porém, foi destruído numa guerra, deixando apenas alguns vestígios nas encostas e no corpo do buda.
Por mais de mil anos, o Grande Buda Leshan, sentado nas encostas e voltado para o Rio, vem testemunhando a evolução da natureza e da humanidade. Segundo a avaliação de especialistas da UNESCO, o Grande Buda Leshan pode ser comparado igualmente com Sphinx e Pedra de Rosetta do Delta do Nilo.
Em 1996, a motanha Emei e o Grande Buda Leshan foram incluídos na lista de patrimônios cultural e natural do mundo.