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A Montanha Emei e o Grande Buda de Leshan
  2010-06-23 14:54:52  cri

A montanha Emei situa-se na fronteira sudoeste da bacia de Sichuan e tem mais de 200 quilômetros de extensão. Sua formação geológica começou há 800 milhões de anos, quando toda aquela região formava um grande mar. De acordo com as análises dos fósseis e outros tipos de vestígios paleontológicos, este maciço rochoso se formou a partir de uma erupção vulcânica, submergindo e emergindo duas vezes num período de 550 milhões de anos.

Salta aos olhos dos pássaros a brusca emersão da montanha Emei com uma diferença de 2600 metros entre o pico, de 3099 metros de altitude, e o sopé. O Cume Dourado, o ponto mais alto da montanha, aponta imponentemente para o céu. Ali, qualquer pessoa que o alcançar, poderá sentir a grandeza da natureza e da humanidade e se sentir humilde ao contemplar as montanhas e as nuvens movimentando-se ao redor.

Um sinuoso caminho de 60 quilômetros interliga o sopé ao cume da montanha. Ao subir a montanha, o visitante poderá experimentar a sensação de estar vivendo as quatro estações do ano. No sopé, o clima é igual ao das planícies, ou seja, subtropical. Mais para cima, o clima é temperado; depois, subglacial e, por fim, glacial. No Cume Dourado, o ar, de tão rarefeito, torna difícil cozinhar o arroz ou a sobrevivência de animais e plantas, excetuando-se algumas espécies de pinheiros.

Mas, com sua singular topografia, diferenças climáticas e solos de complexa composição, a montanha Emei tornou-se um paraíso para a biodiversidade. Sua fauna e flora são formadas por mais de 3.200 espécies de plantas, um décimo do total da China. Destas, mais de 100 espécies são nativas da região. A fauna conta com mais de 2300 espécies. Cerca de 157 espécies são extremamente raras na China e na própria região. A lista é encabeçada por borboletas, ursos pandas e macacos. Os macacos não se assustam com o contato com os seres humanos, pois até brincam conosco.

Entre montanhas da China, a montanha Emei é conhecida como a número um do mundo. Por um lado, isto se deve ao seu perfil estendido, como se fosse sobrancelha da mulher. Por outro, dotada de abundantes florestas, a montanha é coberta de verde e possui uma incomparável beleza.

No Cume Dourado, pode-se contemplar o nascer do sol, o mar de nuvens, auréolas e "luzes sagradas". Quando as luzes sagradas aparecem, a montanha é submersa no mar de luzes chamejantes. Na realidade, segundo os cientistas, as "luzes sagradas" são fenômenos de fosforescência. Mas na antiguidade, os religiosos as sacralizavam, pois acreditavam que eram transmitidas por budas. Um outro fenômeno é a auréola budista. Geralmente elas se formam depois das chuvas e refletem a imagem de quem as observa a partir do Cume Dourado. Segundo se informa, mesmo quando mil pessoas a observam ao mesmo tempo, cada qual vê sua própria imagem.

Anualmente, o fenômeno natural pode ser observado cerca de 80 vezes. Muito embora não seja o único ponto da China aonde possa ser verificado, são os de maior duração. Segundo as análises científicas, a aurora forma reflexos de luz solar sobre as nuvens. Mas, as condições climáticas no sopé, o sol forte no topo e o fato de que o observador se encontra na mesma linha reta entre o sol e a sombra são fatores principais para tal fenônome. Porém, na antiguidade, tal fenômeno era considerado como um aparecimento do Buda Samantabhadra (discípulo de Sakyamuni) para os seres humanos.

Segundo se diz, Samantahadra foi mandado pelo Sakyiamuni no século 3 para pregoar o budismo na montanha Emei. Depois, foi qualificado como local sagrado budista de Samantabhadra.

Porém, os taoístas haviam chegado às montanhas antes que os budistas. No ano 143 de nossa era, Zhang Ling formou uma escola de taoísmo em Qingcheng, próxima à montanha Emei. Ela se propagou logo depois. Com isso, o taoísmo e budismo conviveram por cerca de mil anos. Mas, com a expansão do budismo, o taoísmo se enfraqueceu e se retirou da montanha Emei no século 18.  

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