Representantes de mais de 150 países reiniciaram na segunda-feira (18) em Nova Iorque, na sede da ONU, as negociações sobre o Tratado de Comércio de Armas, o primeiro tratado do gênero a nível global. Esta é a primeira tentativa promovida desde que as negociações falharam na "reta final" em julho do ano passado. As conversações decorrerão até o dia 28 de março.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, indicou na cerimônia de abertura que essas reuniões visam consolidar os esforços feitos e completar o projeto que anda a ser desenhado desde 2006. Ele apelou a que os estados-membros trabalhem, com base nas negociações de julho passado, para superar as divergências e se concentrem em discutir os últimos detalhes, de forma a alcançar um consenso histórico até o dia 28 deste mês.
Ban Ki-moon disse ainda que o comércio de armas envolve muitas questões complexas, como negócios, segurança nacional, direitos humanos, lei internacional e aplicação de diferentes políticas. No entanto, o comércio de armas sem uma lei que regule o setor prejudica o desenvolvimento sustentável e estimula os conflitos armados. Como resultado, os esforços humanitários e de defesa da paz, e a luta pelo reforço do poder das mulheres, foram enfraquecidos. Além disso, a violência armada mata mais de 500 mil pessoas anualmente, incluindo 66 mil mulheres e crianças.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: Miguel Torres