Foi realizado, nesta quarta-feira (13), em Londres, o diálogo estratégico ministerial de relações exteriores e defesa nacional russo-britânico. Os dois lados divergem em relação ao conflito sírio.
O chanceler britânico, Willian Hague, afirmou, na coletiva de imprensa conjunta realizada após o encontro, que apesar do objetivo comum de solucionar o conflito vivido na Síria, o Reino Unido apoia a oposição síria no objetivo de promover a transição do poder político. O país continuará aumentando a ajuda à oposição síria.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, assinalou que, para a Rússia, o caminho correto passa pela negociação entre todos envolvidos, seguindo o acordado em Genebra em junho do ano passado. O futuro da Síria tem de ser decidido pelo seu povo, acrescentou Lavrov.
Segundo notícias avançadas por alguns órgãos de comunicação, o Reino Unido pondera vetar o prolongamento da proibição de transporte de armas da União Europeia para a Síria e fornecer apoio armado às forças da oposição síria, contando com o apoio da França e outros países membros da UE. Lavrov reiterou que essa ação viola a Lei Internacional.
O Departamento de Informações da Chancelaria da Rússia publicou no mesmo dia, no seu site oficial, as declarações da sua vice-diretora, Irina Zakharova, que diz esperar que a Comissão Internacional de Inquérito Independente para a Síria da ONU avalie corretamente a situação no país, ajudando a resolver o conflito que atualmente aí decorre.
António Guterres, o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, revelou, durante a sua visita à Jordânia, que a continuação do conflito sírio resulta em grandes tensões e perigo para a região do Oriente médio. Para resolver a situação e reduzir o sofrimento dos refugiados do país, todas as partes envolvidas devem procurar negociar.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Miguel Torres