Os chanceleres dos 27 países membros da União Europeia (UE) reuniram-se ontem (11) em Bruxelas, capital da Bélgica, para um encontro habitual. A questão síria foi o foco da discussão. O chanceler francês, Laurent Fabius, espera que o bloco acabe com a proibição do transporte de armas à Síria e preste "assistência militar" à oposição do país. Para ele, há uma grande diferença na posse de equipamento militar entre o governo e os opositores sírios.
O ministro de Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, não concorda com seu colega francês. Para ele, a UE deve se esforçar mais na reconstrução das regiões controladas pelas forças armadas da oposição.
Para a alta representante da União Europeia para a política externa e segurança, Catherine Ashton, a oposição síria precisa mais do apoio na construção de infraestrutura. Ela disse esperar uma reavaliação da proibição nas áreas econômicas e financeiras para as áreas controladas pelos oposicionistas sírios poderem ter acesso a remédios e água limpa. Ashton ressaltou que o problema sírio deve ser resolvido por meio político.
Os 27 chanceleres encontraram-se também com o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a questão síria, Lakhdar Brahimi. Ele apontou que a situação pode piorar se o problema sírio não for resolvido através de meios políticos.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou no mesmo dia que somente o povo sírio tem direito de decidir o destino do seu Estado.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Luiz Tasso Neto