O exército francês encontra-se há duas semanas no Mali, ajudando as autoridades locais a combater as forças rebeldes. Numa ação militar conjunta que tem avançado desde o norte do país, foi já recuperado o controlo em Kona, importante cidade do norte, seguindo-se Diabaly e Douentza.
O exército francês dispõe de 2300 soldados no Mali. A juntarem-se a estes, as tropas da Comunidade Econômica dos Estados do Oeste e Central da África (na sigla inglesa CEDEAO) têm chegado ao país. Atualmente, mil soldados provenientes do Niger, Nigéria, Togo, Benin, entre outros países, estão sendo colocados em Bamako. Os Estados Unidos anunciaram, na semana passada, que vão enviar cerca de cem treinadores militares aos países africanos que planejam enviar tropas ao Mali.
O quartel-general das tropas norte-americanas na África confirmou que, desde o dia 21, as tropas norte-americanas enviaram aviões de transporte para ajudar as tropas francesas. A Itália, Bélgica, Reino Unido, Canadá, Holanda, Espanha e outros países também ofereceram aviões de transporte e helicópteros para ajudar as tropas francesas e africanas.
Devido ao aumento do risco de ataques terroristas, o governo de transição do Mali decretou nesta segunda-feira (21) que o estado de emergência nacional será prolongado por três meses, a fim de garantir a estabilidade da ordem social nacional. Além disso, as embaixadas da França, EUA e China no Mali já adotaram medidas para enfrentarem uma conjuntura cada vez mais complexa. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou recentemente sua preocupação sobre a crise humanitária causada pela guerra no norte do Mali. Quanto a isso, o governo francês anunciou que, até o momento, ainda não houve casos de crise humanitária.
Porém, as tropas estão preparadas para prevenir estes casos.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Miguel Torres