O representante permanente iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali-Asghar Soltaniyeh, afirmou nesta terça-feria(6), em Viena, que o Irã vai permitir a visita de especialistas da entidade à base militar de Parchin, a 30 quilômetros ao sul de Teerã.
O secretário-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou nessa segunda-feira (5) que a entidade está preparada para colaborar com o Irã. A afirmação foi feita na reunião do conselho da AIEA, em Viena.
Yukiya Amano apontou que a entidade está atenta às intenções militares do programa nuclear do Irã e pediu ao país que colabore positivamente com a AIEA.
Embora inspetores da entidade se tenham deslocado ao país, não obtiveram autorização de entrada nas regiões suspeitas de estarem a desenvolver o programa nuclear, não podendo contatar com cientistas do setor. Apesar das conversações entre a AIEA e o Irã, não existe um acordo entre a organização e o país.
Segundo Yukiya Amano, assim que receber a convite de Pyongyang e o mesmo for aprovado pelo Conselho da entidade, os inspetores da AIEA voltarão, no espaço de semanas, às missões no país asiático.
Comentando a questão nuclear iraniana, o chanceler chinês, Yang Jiechi, afirmou nesta terça-feira (6) em Beijing que a China se opõe ao desenvolvimento de programas nucleares (que resultem na construção de armas) na região do Oriente Médio. Yang ressaltou que, no entanto, todos os países possuem direito ao aproveitamento pacífico da energia nuclear, desde que no respeito pelas obrigações estipuladas pela comunidade internacional. A afirmação foi feita na coletiva de imprensa da 5ª sessão da 11ª Assembleia Popular Nacional (APN).
Yang Jiechi referiu que a paz, estabilidade e desenvolvimento do Oriente Médio são fundamentais para o desenvolvimento regional e para a estabilidade da comunidade internacional.
A China atribui muita importância ao mecanismo de negociação com o Irã. Nesse âmbito, o país manteve o contato estreito com os EUA, Rússia e UE. O chanceler chinês disse : "Esperamos a realização, o mais brevemente possível, da próxima negociação, a fim de promover o progresso da solução para a questão nuclear. Achamos que os envolvidos devem tratar e resolver as divergências através do diálogo. Nos opomos às sanções unilaterais".
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Camila Olivo